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Guebuza inaugura Terminal de Carvão no Porto da Beira

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, inaugurou, Segunda-feira, o novo Terminal de Carvão construído no Porto da Beira, uma parceria entre a empresa pública Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), Vale Moçambique (de capitais brasileiros) e Rio Tinto (de capitais australianos), duas companhias mineiras que exploram carvão na província central de Tete.

Com um investimento de cerca de 200 milhões de dólares, o novo terminal possui um sistema moderno de recepção e descarregamento de vagões, armazenamento de carvão e carregamento de navios com uma capacidade de até seis milhões de toneladas por ano.

Falando na ocasião, Guebuza disse que, com a construção deste terminal, deu-se parte da resposta, estruturada e estruturante, para a solução para a solução do desafio imposto pela logística do carvão.

“Na verdade, reduzimos os constrangimentos que nos são colocados pelo processo de transporte do carvão das minas, em Moatize, para o porto, na Beira”, disse Guebuza, falando na cerimónia que também contou com a presença do antigo estadista moçambicano, Joaquim Chissano, bem como pelo Director executivo do sector de Energia da Rio Tinto, Doug Ritchie, e o Director-Presidente da Vale Moçambique, Mourilo Pereira.

O novo terminal resulta da remodelação de um que se encontrava fora de uso, tendo se realizado diversas obras, que incluíram a construção de pátios ferroviários para comboios de 42 vagões e 600 metros de comprimento.

Os sistemas de armazenamento e de transporte interno instalados permitem o armazenamento de 300 mil toneladas de carvão e uma capacidade de manuseamento de carvão que propicia a redução no tempo de embarque de sete para dois dias, considerando navios de 35 mil toneladas.

No seu discurso, Armando Guebuza disse que a conclusão e inauguração daquele empreendimento reitera o compromisso do Governo na busca de soluções para os desafios da logística do carvão.

“Ainda que de forma limitada, mas crescente, existe capacidade nacional para identificar e remover os nós de estrangulamento existentes, bem como os desafios que nos são colocados no quotidiano e que têm estado a merecer a nossa atenção e busca de respostas”, acrescentou o Chefe do Estado.

Segundo Guebuza, o Terminal de Carvão do Cais 8 testemunha o compromisso político e estratégico de se estabelecer parcerias com o sector privado que contribuam para uma maior eficiência no desenvolvimento nacional.

Trata-se de um compromisso que assenta em critérios que tem em vista que todos saíam a ganhar num quadro de justiça e equidade. Na sua intervenção, Guebuza defendeu que se deve construir mais terminais, mais linhas-férreas e estabelecer nós logísticos que obedeçam o princípio económico da intermodalidade funcional.

É nesta perspectiva que o Governo, através da CFM está a reabilitar a linha de Sena, corredor logístico fundamental para o escoamento do carvão e outras cargas, bem como para o transporte de passageiros.

“A reabilitação em curso está avaliada em cerca de 45 milhões de dólares, tendo já iniciado em Março em curso. Esta reabilitação vai elevar a capacidade ferroviária da Linha de Sena para cerca de 6,5 milhões de toneladas por ano, e será seguida por uma outra fase que elevará para 12 milhões de toneladas por ano”, disse o estadista moçambicano.

Paralelamente, o governo está a procura de formas de acelerar a construção, no Porto da Beira, de mais um terminal de carvão com capacidade de cerca de 20 milhões de toneladas por ano. Igualmente, um outro terminal será construído em Nacala, acompanhado de reabilitação da linha-férrea de Nacala.

“Ainda no prelo, estão outros projectos que trarão mais opções de escoamento de minerais e de outros produtos bem como de passageiros e carga”, disse Guebuza, acrescentando que “estes desafios gigantescos que temos que enfrentar e superar. Por este fim, a consolidação do princípio de parcerias e privadas será fundamental, uma parceria assente no quadro legal e regulamentar em vigor”.

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