Os estudantes da Universidade Mussa Bin Bique, delegação de Quelimane, dirigiram-se, por volta do meio dia da Segunda-feira, à sede da delegação, onde pediram um encontro com uma comissão tida como do Centro de Formação Islâmica (CFI), chefiada pelos senhores Faruk e Dino, todos provenientes da cidade da Beira, província de Sofala.
O encontro foi proposto pelos estudantes, e, diga-se que não foi fácil os dois senhores vindos da Beira aceitarem o encontro, até que tentaram sair pelo portão principal, mas foram logo interditos pelos estudantes.
No rol das reivindicações dos estudantes, constam a organização da universidade como a indicação de um reitor, nomeação de uma direcção e o fim do barulho que se faz em torno da universidade.
Os estudantes que, Segunda-feira, estiveram reunidos, disseram que neste momento ninguém acredita naquela universidade, tudo por causa dos conflitos de interesse entre os chamados donos.
No encontro da tarde desta Segunda-feira, foram várias inquietações levantadas até que os estudantes apresentaram uma carta reivindicativa aos dois senhores que dizem representar a universidade.
O conteúdo da carta é claro. Os estudantes dizem que não vão pagar mensalidades até que tudo esteja claro, que haja um reitor oficial e que a delegação de Quelimane tenha corpo directivo.
Aulas até um dia
Os docentes estão já há duas semanas sem dar aulas, porque não são pagos os seus ordenados. Vivem mergulhados em promessas, que não são cumpridas. Resultado, decidiram paralisar as aulas.
Os primeiros lesados foram os estudantes que eram obrigados a pagar mensalidades. E, esta Segunda-feira, no encontro que houve com os senhores Dino e Faruk, representando o CFI, os estudantes disseram “chega” e não vão às salas de aulas até que a situação volte à normalidade.