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Governo promete baixar analfabetismo até 30 por cento em 2015

O governo moçambicano está determinado a reduzir até 30 por cento, em 2015, a taxa de analfabetismo, através da massificação dos programas de alfabetização e educação de adultos. Para o efeito, o Conselho de Ministros reunido, Terça-feira, em Maputo na sua 5ª Sessão Ordinária apreciou o conteúdo da 2ª Estratégia de Alfabetização e Educação de Adultos, que preconiza a alfabetização de um milhão de pessoas por ano, com vista a acelerar a redução das actuais taxas de analfabetismo.

O Vice-Ministro da Educação, Augusto Jone, que não revelou o pacote financeiro destinado a concretização deste desiderato, disse, contudo, que a meta do governo é fazer tudo ao seu alcance para que no final da estratégia em 2015 o país possa sair da actual taxa de calculada em 48,1 por cento para 30 por cento.

“É um desafio, aliás não há actividade sem desafio”, disse Jone, acrescentando que a estratégia incorpora planos sectoriais e os objectivos preconizados, bem como as metas a alcançar que, fundamentalmente, se traduzem na alfabetização de um milhão de pessoas por cada ano.

A fonte está confiante na consumação da meta, dado que quando foi aprovada a 1ª Estratégia de Alfabetização e Educação de Adultos, em 2005, Moçambique convivia com uma taxa de 60,5 por cento de analfabetismo. Nessa altura, a cifra equivalia a 10 milhões de pessoas que não sabiam ler e nem escrever.

Na sequência dos resultados encorajadores que a estratégia de alfabetização e educação de adultos estava a surtir, o governo decidiu prolongar para 2010, uma medida que permitiu ao país sair dos 60,5 por cento para os actuais 48,1 por cento.

“A primeira estratégia cumpriu plenamente com os objectivos preconizados, daí que o governo achou conveniente levar a debate no Conselho de Ministros a 2ª Estratégia que, em linhas gerais, pretende dar continuidade as acções de alfabetização e educação de adultos, mas colocando um elemento importante que é trazer a alfabetização como actividade do governo e continuar a envolver a sociedade civil e os parceiros de cooperação”, disse Jone.

Aliás, o envolvimento da sociedade civil e dos parceiros de cooperação tem estado a acontecer em vários pontos do país onde, segundo o vice-ministro, os programas de alfabetização e educação estão a ser levados a efeito pelos parceiros.

A alfabetização e educação de adultos no país têm um historial que data desde 1975, aquando da proclamação da Independência Nacional e, nessa altura, o país convivia com uma taxa de analfabetismo calculada em 93 por cento, uma das mais elevadas no mundo.

Na tentativa de remediar a situação, o governo lançou a primeira campanha de alfabetização em 1978, a segunda em 1979 e em 1980 a terceira.

Este movimento permitiu, num período de cinco anos, reduzir em cerca de 21 por cento da taxa de analfabetismo, isto é, o país passou de 93 por cento para 72 por cento.

Os óptimos resultados conseguidos entraram em inércia com o recrudescimento da guerra de desestabilização em 1980, que forçou as populações contempladas a busca de refúgio nos países vizinhos.

Todavia, terminada a guerra em 1992 foi necessário retomar todas as acções atinentes a alfabetização e educação de adultos daí que em 2001, no lugar de campanhas de alfabetização o governo decidiu introduzir a 1ª Estratégia de Alfabetização e Educação de Adultos.

O país conta actualmente com um universo de 30 mil alfabetizadores voluntários que contribuirão para a consumação da meta traçada pelo governo para 2015.

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