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Governo retira licença de exploração de madeira da Associação Desmobilizados de Guerra

A Associação Moçambicana dos Desmobilizados de Guerra (Amodeg), em Nampula, acaba de ver revogada a sua licença de exploração e comercialização de madeira pelo facto de alguns membros da agremiação estarem a fazer o aproveitamento para fins pessoais das receitas resultantes do negócio, em prejuízo da maioria que enfrenta dificuldades financeiras para a sua sobrevivência.

Além daquela decisão, os Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia confiscaram 72 toros de madeira de várias espécies correspondentes a cerca de 25 metros cúbicos. Esta quantidade foi explorada na localidade de Nahita, distrito de Malema, em vez de Nacarara ,cerca de 30 quilómetros daquela vila e pela infracção a Amodeg será, ainda, penalizada com o pagamento de multas cujos valores estão em processo de cálculo.

Estes factos foram revelados por Henrique João, director das Actividades Económicas do distrito de Malema, o qual adiantou que a emissão da licença de exploração dos recursos florestais a favor da Amodeg no princípio do ano, visava responder a um pedido da agremiação justificada com a necessidade de criação de actividades no âmbito do auto-emprego a fim de aliviar os constrangimentos que flagelam os seus membros.

Mas, quando o projecto estava a ser implementado dois membros daquela agremiação, criada depois dos Acordos Geral de Paz, visando acomodar as inquietações dos desmobilizados de guerra, decidiram contactar um operador florestal ligado à área de madeira baseado no município da cidade de Cuamba, em Niassa, com a finalidade de colocar toros.

Até ai não havia nada a protestar, segundo a fonte, senão a partir da altura em que as receitas resultantes da venda da madeira deixaram de ser canalizadas aos cofres da Amodeg para distribuição proporcional aos membros da agremiação que viriam a denunciar todos contornos da fraude às autoridades governamentais.

Com efeito, movidos pela ganância do lucro fácil, os dois membros decidiram unilateralmente fazer o corte de madeira fora da área concessionada, facto que gerou conflito com a comunidade e outros operadores na região de Nahita que denunciaram o facto às autoridades governamentais de Malema.

A nossa reportagem apurou que os membros da Amodeg em Nampula reclamam a expulsão dos dois associados envolvidos na burla, apropriando-se para fins próprios das receitas resultantes da venda da madeira, contrariando o que está plasmado no pedido feito aos Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia e aprovado pela direcção provincial de Agricultura em Nampula.

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