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Governo reduz subsídio às panificadoras

O Governo reduziu em 50 meticais o subsídio que paga por cada saco de trigo às panificadoras desde Setembro de 2010, e que visa evitar o aumento do preço do pão devido a subida do preço do trigo no mercado internacional, mantendo assim o poder de compra da maioria dos consumidores das cidades de Maputo e Beira.

A atribuição do subsídio de 200 meticais, que agora passa para 150 meticais (um dólar equivale a cerca de 29 meticais), por cada saco de trigo para a produção de pão, foi uma das medidas tomadas pelo Governo, no ano passado, para conter a subida do custo de vida face ao aumento de preços dos produtos básicos.

A redução deste valor foi anunciada, esta segunda-feira, pelo Ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, que garantiu que essa medida não vai alterar o actual preço do pão por tratar-se de uma posição tomada em resposta à redução do preço do trigo, resultante da apreciação do metical, o que fez com que as moageiras baixassem o custo de venda às panificadoras.

Segundo o ministro, a redução do subsídio registou-se, primeiro, há duas semanas, na Beira, capital da província de Sofala, para o mercado da zona centro do país e na segunda-feira foi a vez da cidade do Maputo, a capital do pais.

Em relação à quantia gasta com o subsídio às panificadoras desde Setembro até esta parte, Armando Inroga disse que o Estado possui um tecto que vai oscilando em função da subida ou descida do dólar em relação ao metical, daí não ser possível precisar o valor que foi pago até então.

“Podemos garantir que o que tinha sido estimado até Junho não foi gasto na totalidade, porque os preços não chegaram a subir como se esperava nas projecções efectuadas pelo Governo”, disse Inroga.

Durante este período, segundo Inroga, registou-se um conjunto de factores na economia, como a liberalização do processo das exportações, por exemplo do arroz na Índia, que fez com que o preço deste cereal caísse ligeiramente no mercado internacional.

Regista-se uma queda do preço do trigo no mercado mundial, uma vez que o momento de produção assim o permite. “É período de colheita e as reservas que os produtores possuíam possibilitam a baixa do preço”, salientou o governante.

“Foi esse conjunto de factores que fez com que o Governo, de forma automática, fizesse os ajustamentos em função das relações existentes com o sector privado, o principal actor na importação de produtos alimentares quando a produção nacional não consegue abastecer o mercado interno”, explicou.

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