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Carvão de Moatize será escoado a partir de Setembro

A empresa pública Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) reiterou,terça-feira, em Maputo, que o problema relacionado com o escoamento de carvão mineral produzido em Moatize, província central de Tete, terá solução a partir de Setembro próximo.

A empresa brasileira Vale, um dos maiores operadores mineiros em Moçambique, tem planos de iniciar a exportação do seu carvão em Setembro próximo, mas a grande dúvida que reina desde o ano passado ‘e sobre como a produção seria escoada de Moatize até ao Porto da Beira, na província central de Sofala.

O consórcio indiano RICON foi contratado para reabilitar a Linha de Sena, que possui numa extensão de 673 quilómetros desde a vila carbonífera de Moatize ao Porto da Beira, mas não consegue concluir as suas obras cujo prazo inicial era Setembro de 2009.

Falando, terça-feira, a jornalistas, o presidente do Conselho de Administração dos CFM, Rosário Mualeia, disse que, apesar do atraso das obras, o carvão poderá ser transportado a partir de Setembro próximo.

“A partir de Agosto próximo, podemos transportar carvão até ao Porto da Beira, mas aqui temos o problema por causa do cais que está em obras. Mas em Setembro estará pronto”, disse Mualeia, falando a margem da conferência internacional do carvão que arrancou, terça-feira, em Maputo.

Segundo a fonte, a reabilitação da Linha de Sena apenas não está ainda concluída no troço entre Sena a Moatize, de cerca de 240 quilómetros.

“Quando as obras do cais terminarem teremos uma capacidade de cinco milhões de toneladas por ano. Enquanto o cais não terminar, pode-se usar vias alternativas com capacidade para, se calhar, um milhão de toneladas ano”, disse Mualeia, reiterando as previsões dos CFM de conclusão de todas as obras até Setembro próximo.

Entretanto, a Linha de Sena apenas será uma solução ao problema da Vale a curto prazo, porque, mais tarde, não será capaz de responder as necessidades nem da própria companhia brasileira, nem de outras empresas que também se encontram em Tete, estando neste momento ainda na fase de prospecção ou pesquisa de minerais.

Na sua intervenção durante esta conferência, o director nacional de Minas, Eduardo Alexandre, reconheceu que um dos actuais principais desafios do sector de carvão em Moçambique tem a ver com o escoamento, mas disse haver projectos destinados a colmatar esse problema.

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