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Governo faz primeiro empréstimo não concessional

O primeiro empréstimo não concessional junto a credores bilaterais deverá ser concedido a partir do presente ano de 2010 numa tranche de 200 milhões de dólares norte-americanos, totalizando cerca de USD 900 milhões ao longo dos próximos três anos.

Tais credores bilaterais são Portugal, Brasil, França, entre outros, que estão em negociações com o Executivo moçambicano para aquele desiderato, segundo Félix Fisher, representante cessante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Moçambique.

O valor destina-se a financiar vários projectos de desenvolvimento socioeconómico, sendo de destacar a extensão da água potável e rede eléctrica às zonas rurais ainda desprovidas, de acordo igualmente com Fisher, anunciando a seguir que a taxa de reembolso do montante será a que está em vigor no mercado.

Sobre se este novo tipo de empréstimos irá ou não agravar a dívida externa moçambicana, cujo saldo é estimado em cerca de 3,5 biliões de dólares, o representante do FMI em Moçambique indicou que a sua contracção será feita de forma prudencial para a dívida não ser agravada.

Entretanto, o FMI acaba de pôr à disposição do Governo moçambicano os remanescentes cerca de 21 milhões de dólares norte-americanos “para serem levantados logo de imediato para Moçambique continuar a fazer face a choques exógenos resultantes da crise financeira internacional”. Segundo Murilo Portugal, da direcção executiva do FMI.

O valor faz parte dos cerca de 176 milhões de dólares aprovados por aquela instituição financeira internacional, em Junho de 2009, para minimização dos efeitos negativos da crise financeira despoletada em 2007 na área da Imobiliária dos Estados Unidos da América (EUA). A libertação do último valor decorre do facto de a direcção do FMI ter concluído que “Moçambique registou um positivo desempenho económico em 2009”, altura em que o Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento de 6%, apesar da redução das exportações e dos fluxos do Investimento Directo Estrangeiro devido à crise.

2010

Para o presente ano de 2010, o PIB deverá crescer na banda dos 6,5%, passando para pouco mais de 7% até 2013, na óptica do FMI, fruto da contribuição dos megaprojectos, segundo igualmente aquela instituição financeira mundial. A inflação baixará dos cerca de 9,5%, de 2010, para 6% até 2013, enquanto as Reservas Internacionais Líquidas serão de 13% do PIB, cobrindo mais de cinco meses de importações.

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