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Bolsa de Valores de Moçambique ainda sem liquidez

A Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) ainda não dispõe de liquidez suficiente para ser opção de investidores domésticos em capital de risco, segundo conclusões da segunda edição de Financiando Moçambique, uma publicação com sugestões para as pequenas e médias empresas interessadas em beneficiar de financiamento.

A publicação fundamenta a sua conclusão indicando que estudos recentes realizados junto a sociedades e/ou fundos que já investiram em capital de risco em Moçambique apontam haver uma percepção de que “não há fundos para novos empreendimentos ou em fase de lançamento no mercado”.

Quanto a diferentes tipos de risco encontrados, Financiando Moçambique refere haver o Risco da Dimensão do Mercado, tido como ainda “pequeno e frágil”, os riscos associados ao Sistema Judicial moçambicano, tido como “lento e não fiável devido à falta de uma jurisprudência claramente disponível caracterizado pela incerteza na interpretação de leis e regulamentos”.

Ainda sobre o Sistema Judicial moçambicano aponta-se que as empresas não são bem geridas e os padrões contabilísticos são muito baixos, enquanto que sobre Risco Cambial, a conclusão do estudo aponta que o Metical registou nos últimos quatro anos períodos de elevadas flutuações da divisa face ao Dólar norte exige estratégias de cobertura de risco cambial importantes para investidores de capital de risco.

O último Risco encontrado no estudo é de Gestão apontando- se que o grupo de gestores experientes ainda é pequeno, o que pode ser necessário procurar capacidade de gestão no exterior.

Recomendações

A primeira recomendação aponta que investidores de Capital de Risco devem-se envolver e convencer o sector privado sobre o valor que o Capital de Risco pode ter para o crescimento e planeamento futuro das suas empresas, isto depois dos mesmos estudos realizados mostrarem que algumas das promissoras oportunidades de investimento não puderam ser realizadas visto os empreendedores não terem reconhecido o valor dum sócio de capital de risco com medo de perderem controlo e divulgar sensível informação financeira.

Sobre as actividades do Capital de Risco, Financiando Moçambique aponta que o mesmo pode servir de motor de arranque para novas empresas e indústrias com forte possibilidade de gerar emprego, volume de negócios e lucros.

Frisa-se, entretanto, que a Bolsa de Valores de Moçambique é a entidade gestora do mercado secundário centralizado de valores mobiliários e desde 1999, altura da sua inauguração, tem procurado desenvolver, alargar, consolidar e dinamizar o mercado de capitais moçambicano.

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