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Governo procura dois mil milhões de dólares para linha transporte de energia eléctrica

Uma vasta campanha de mobilização dos cerca de dois mil milhões de dólares norte-americanos necessários para construção da linha de transporte de energia eléctrica Tete/Maputo está em curso nas principais praças externas de financiamento.

A campanha decorre após a criação da Sociedade Nacional de Transporte de Energia, empresa a se encarregar pela gestão do projecto e depois da realização de acções com vista à negociação dos acordos de accionistas, segundo Salvador Namburete, ministro da Energia.

A estrutura accionária deste projecto, refira-se, foi concebida de modo que a empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM) tenha 51% das acções, estando os restantes 49% disponíveis para a participação de outros interessados, tendo já manifestado interesse em participar as empresas de electricidade EDF, da França, Eletrobas, do Brasil, REN, de Portugal, e a sul-africana ESKOM, segundo ainda Namburete.

A Noruega, Banco Mundial, Agência Francesa de Desenvolvimento, Banco Africano de Desenvolvimento e o Banco Europeu de Investimento são outros parceiros do Governo moçambicano envolvidos na concretização do projecto tido por Namburete como “um dos projectos mais estruturantes do país, tendo em conta o seu impacto a nível nacional e regional”.

Namburete fez estas considerações durante a sétima reunião anual conjunta de consulta entre o Ministério da Energia e parceiros externos de cooperação havida esta segunda-feira em Maputo e destinada a fazer uma avaliação global dos passos já dados na concretização do projecto de transporte de energia Tete/Maputo.

10 maiores do mundo

Por outro lado, Namburete sublinhou o facto de Moçambique, “num futuro próximo”, vir a pertencer ao grupo dos 10 países com maiores reservas de gás natural, o que representa uma grande oportunidade e desafio para o país, tendo em consideração a sua expectativa em relação ao contributo que este recurso energético poderá representar no desenvolvimento, incluindo na redução da dependência da ajuda externa.

Falando em nome de representantes dos países e agências financiadoras do sector eléctrico em Moçambique, o encarregado de Negócios da Embaixada da França, em Maputo, garantiu, sem se referir a valores em concreto, que o grupo irá desembolsar a parte do financiamento pretendida para os projectos de aumento da electrificação do país.

Refira-se, entretanto, que a electrificação rural com base na Rede Eléctrica Nacional (REN) ainda não abrangeu 21 dos 128 distritos do país, havendo previsão da conclusão deste trabalho até 2014, altura em que a atenção do sector da Energia irá centrar-se na electrificação dos postos administrativos e localidades.

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