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Governo e Banco Mundial rubricam acordo sobre recursos hídricos

O Banco Mundial vai financiar o Programa de Desenvolvimento de Recursos Hídricos de Moçambique, num montante global de 70 milhões de dólares americanos.

O acordo formalizando este montante foi assinado, Segunda-feira, em Maputo, pelo Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, em representação do Governo de Moçambique, e pela Directora-geral do Banco Mundial, Mulyani Indrawati, que se encontra de visita ao país.

Falando na ocasião, o Cuereneia disse que com a duração de seis anos, este programa visa melhorar a capacidade de gestão e desenvolvimento dos recursos hídricos a nível nacional, bem como o planeamento e prossecução de infra-estruturas hidráulicas para responder a procura de água com enfoque para o consumo doméstico e produção alimentar.

A maior parte deste financiamento, 42 milhões de dólares americanos, vai para a instalação de comportas na barragem de Corumana, localizada na província de Maputo, para aumentar a sua capacidade de armazenamento de água e reforçar o abastecimento da cidade de Maputo e arredores.

Outra parte do financiamento no valor de (onze) 11 milhões será usada para o desenvolvimento institucional e fortalecimento da descentralização da gestão operacional de recursos hídricos e 12,5 milhões destinam-se a implementação de medidas estruturais e não estruturais de redução e mitigação dos efeitos das cheias e seca nas bacias vulneráveis.

“Este programa é parte fundamental do Programa Quinquenal do Governo para 2010/14, no que concerne a promoção da participação dos utentes e das autoridades locais na planificação, alocação da água e gestão sustentável e integrada de recursos hídricos”, disse o governante.

Segundo Cuereneia, este programa não só contribui para assegurar a disponibilidade de água, mas também reforça as capacidades institucionais do país para a gestão deste recurso.

Por seu turno, a Directora-geral do Banco Mundial disse que o projecto de Desenvolvimento de Recursos Hídricos constitui um grande passo no reforço da gestão e desenvolvimento de recursos hídricos no país, considerando que o mesmo irá completar a Barragem de Corumana como a próxima fonte de fornecimento de água a cidade de Maputo e áreas circunvizinhas.

“Deste modo, o projecto irá contribuir para a melhoria das condições de vida e de saúde de milhares de cidadãos nos bairros com maiores densidades populacionais”, disse ela.

Na sua intervenção, Mulyani Indrawati reconheceu que Moçambique está num bom passo rumo ao cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) na componente de água, mas salientou que a região metropolitana de Grande Maputo poderá sofrer restrições do precioso líquido até 2015, caso não sejam asseguradas novas fontes.

Ela apontou os altos índices de urbanização, falta de fontes de água para responder a crescente procura e o crescente consumo das fontes de água partilhadas pelos países vizinhos como sendo os principais factores dessa crise de água que se antevê.

“Este projecto irá desempenhar um papel importante na solução desse problema, com o aumento do volume de água na Barragem de Corumana”, disse a fonte, salientando que este empreendimento irá fornecer água adicional para entidades públicas e privadas para a expansão da irrigação, aumentar as actividades económicas, melhorar a produtividade urbana e criar postos de trabalho.

Mulyani Indrawati disse que em adição a este projecto, o Banco Mundial e o Governo estão a trabalhar na preparação do Projecto de Expansão de Abastecimento de Água a Grande Maputo.

Segundo ela, esse projecto irá completar a Barragem de Corumana e vai desenvolver infra-estruturas que irão permitir o fornecimento de água a grande área metropolitana.

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