Empresários do sector mineiro no distrito de Gilé, província da Zambézia, centro de Moçambique, acusam os garimpeiros e cidadãos estrangeiros ilegais de estarem a vandalizar as suas concessões e infra-estruturas para a exploração de vários minerais preciosos.
Os gestores das empresas, citados pela Rádio Moçambique, estação pública, dizem que a região de Muiane, por exemplo, tem sido frequentada por cidadãos de várias nacionalidades que usam a população local para invadir as concessões mineiras. O objectivo de tais invasões é extrair turmalinas, pedra lapidada, berílio, quartzo e outros minerais com alto valor comercial nos mercados da Ásia e Europa.
O representante da “Drusa”, uma empresa com capitais mistos moçambicanos e búlgaros, Vladimir Atasanov, disse que as concessões têm sido frequentemente invadidas por cidadãos nacionais e estrangeiros para extrair produtos mineiros. Segundo Atasanov, nas suas investidas, os invasores utilizam técnicas rudimentares que põem em causa as infraestruturas e o meio ambiente, o que no futuro poderá traduzir-se em consequências nefastas para as futuras gerações.
Entretanto, alguns garimpeiros e cidadãos estrangeiros citados pela Rádio Moçambique, refutam as acusações e afirmam que estão à procura de formas de sobrevivência nas proximidades sem prejudicar os interesses dos concessionários.