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Gaza já processa e exporta algodão

A CAFA, uma fábrica de descaroçamento de algodão instalada na localidade de Nhancutse, província de Gaza, Sul de Moçambique, já processou e exportou, para a vizinha África do Sul, 200 toneladas de algodão.

O facto foi revelado por Manuel Barbosa, Director Executivo da fábrica, na sequência da visita efectuada, Segunda-feira última, àquela unidade, pelo Presidente Armando Guebuza, no âmbito da Presidência Aberta e Inclusiva a província de Gaza.

Para a instalação desta unidade de produção, que iniciou as suas actividades em 2011, foram investidos cerca de três milhões de dólares norte-americanos, numa parceria empresarial entre Moçambique e Portugal. A fábrica tem capacidade para processar 40 mil toneladas de algodão por ano.

“Nós somos uma empresa nova. Iniciamos o fomento da produção de algodão nos distritos de Guijá e Chibuto. Também temos uma machamba própria no Baixo Limpopo e a nossa expectativa é atingir, a curto prazo, entre mil e mil e quinhentas toneladas”, afirmou Manuel Barbosa.

Contudo, segundo a fonte, o fomento está a ser dificultado pelo facto de as aldeias abrangidas localizarem-se há 50 ou mais quilómetros da fábrica, facto que é agravado pela precariedade das vias de acesso sobretudo no tempo chuvoso.

“Mesmo assim, o facto de nesta primeira fase termos processado e exportado 200 toneladas leva-nos a crer que vamos alcançar as metas dentro do mais curto período de tempo”, disse Barbosa.

A CAFA também está a produzir semente de algodão, tendo já exportado 300 toneladas deste produto para a Africa do Sul.

Quanto a recuperação do capital investido, Barbosa indicou que o plano para esse efeito depende da quantidade e da qualidade do algodão produzido, para além do próprio preço do ‘ouro branco’ no mercado internacional.

Neste momento, segundo Barbosa, o preço do algodão no mercado internacional esta um “pouco instável”.

“ Podemos dizer que, no geral, a crise financeira internacional tem afectado o preço do algodão no mercado mas este depende essencialmente do factor produção”, explicou Barbosa, destacando que a China, o maior produtor mundial, consegue controlar os “stoks“ e o preço a nível do mundo.

A fonte disse que todo este ano ainda não foi feita nenhuma exportação mas que pelo que tudo indica, a produção será destinada não só a Africa do Sul, mas também a Portugal. Localmente ainda não existe mercado.

A CAFA, que é um empreendimento detido maioritariamente pela empresa portuguesa “Crispim e Abreu Lda”, emprega, actualmente, 40 trabalhadores efectivos e outros 200 sazonais, todos recrutados localmente.

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