As autoridades sanitárias da província de Gaza, Sul de Moçambique, dizem não ter registado, até ao momento, nenhum caso suspeito de Gripe A nas centenas de pessoas que diariamente atravessam as fronteiras de Chicualacuala, Massingir e Pafuri.
A informação foi dada por Samiro Camal, Médico Clínico Geral do Hospital Provincial de Gaza, falando quinta-feira, na cidade de Xai-Xai, durante o seminário para chefes de postos administrativos e de localidades da província de Gaza, organizado pelo governo local. “Ainda não tivemos nenhum sintoma que nos leva a suspeitar a ocorrência de algum caso de Gripe A”, disse.
Segundo Camal, as autoridades sanitárias da província intensificaram as medidas de prevenção da doença nos locais de risco (zonas fronteiriças), tendo para isso colocado um equipamento apropriado para o efeito em cada um dos distritos de Gaza. Além disso, ele disse que as unidades sanitárias estão preparadas para, em caso de receber um caso suspeito da doença, providenciarem os primeiros cuidados e evacuarem os doentes de imediato para o Hospital Provincial.
No entanto, Camal admitiu que a província está vulnerável à doença, tendo em conta a insuficiência de meios para garantir um permanente controlo das pessoas em trânsito nas zonas fronteiriças. As autoridades possuem apenas dois técnicos treinados para controlar os casos suspeitos de Gripe A em Chicualacuala, Massingir e Pafuri.
Para realizarem o seu trabalho, eles tem de se deslocar de um ponto ao outro, não tendo por isso um posto fixo. Essa realidade significa que os postos são apenas fiscalizados apenas um ou dois dias por semana. A nível do pais, o Ministério da Saúde (MISAU), segundo seu porta-voz, Leonardo Chavane, esta numa situação de alerta máximo face a uma eventual eclosão da Gripe A no país, depois da confirmação de registo de 12 casos nas cidades de Maputo (11) e Beira (1).
Resultados das análises laboratoriais realizadas na vizinha Africa do Sul confirmaram dois desses 12 casos suspeitos como sendo negativos. As autoridades ainda aguardam pelos resultados das análises dos outros 10 casos suspeitos, dois dos quais são médicos estomatologistas afectos às unidades sanitárias da capital do país.