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Garrido insurge-se contra resistência à mudança

O Ministro da Saúde, Ivo Garrido, reconheceu que apesar das mudanças que têm sido operadas nas unidades sanitárias do país, desde queassumiu os destinos desta instituição, ainda existem resistências porparte de alguns trabalhadores de Saúde.

 

O titular da pasta da Saúde, estes profissionais constituem um mau exemplo, não apenas para os restantes profissionais, mas para os estagiários em diversos hospitais do país. Na óptica do governante, a conduta negativa desta minoria é facilitada pela fraqueza e passividade das direcções dos hospitais, que toleram a indisciplina por não exigirem o cumprimento da legislação e das normas em vigor. Estas formas de actuação devem ser combatidas sem tréguas, com vigor e determinação.

 

“Embora já se notem algumas melhorias, persistem queixas de mau atendimento, falta de respeito e até mesmo de cobranças ilícitas. São frequentes, as queixas ligadas aos longos tempos de espera, quer para marcar uma consulta ou operação, doentes que têm de permanecer 4, 5, às vezes 8 horas para serem atendidos num serviço de urgência, consulta externa, farmácia e ou laboratório. Neste aspecto, as maternidades continuam a ser os serviços mais criticados”, realçou Garrido no decurso do sexto conselho hospitalar, que hoje termina na capital.

“Os nossos hospitais não podem nem devem ser depósitos de doentes. Temos de criar nos nossos hospitais uma cultura e movimento de humanismo e de respeito pelos nossos doentes e acompanhantes. Temos de combater de forma implacável todas as manifestações de desrespeito, de insensibilidade e de desleixo para com os nossos doentes”, sublinhou.

A higiene, biossegurança, gestão do lixo hospitalar constitui desafios a vencer na maioria dos hospitais do país. Para o titular da pasta da Saúde, é urgente e imperioso a melhoria das condições de biossegurança nos hospitais, a par da higiene e limpeza, pois, um hospital sujo, desarrumado e exalando mau cheiro, em nada dignifica e mostra claramente, o tipo de dirigente que está à frente de tal unidade sanitária.

Outra questão não menos importante, e que preocupa o sector da Saúde, tem a ver com a melhoria de gestão e da eficiência hospitalar, ao que leva Garrido a questionar, “quem controla o desempenho dos médicos e enfermeiros, dos serventes, pessoal administrativo e a alimentação dos doentes. Que mecanismos existem de prestação de contas nos nossos hospitais”.“É nossa responsabilidade controlar e medir o desempenho dos profissionais de Saúde, elogiando os melhores e criticando e ou corrigindo os menos bons.

Tal como é nossa responsabilidade, zelar pelo uso racional de medicamentos, prevenir roubos, quer de medicamentos, material cirúrgico e dos alimentos”. Para Garrido, os serviços prestados nos hospitais devem ser especiais para todos e não para uma minoria. Refirase que este encontro que hoje termina, vai estudar como melhorar a segurança nos hospitais, por forma a evitar situações em que as pessoas, se fazem passar de médicos, observam e medicam doentes, roubos de bebés nas maternidades e o desaparecimento de corpos nas morgues.

Durante estes dias, gestores e directores dos hospitais vão debruçar-se sobre a institucionalização e consolidação do PCI, enfermarias de modelo, normas e atendimento das vítimas de violência, normas de segurança, entre outras questões.

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