Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Futuro de André Madunana será conhecido amanhã

O Tribunal Judicial Distrital de Gorongosa que julga o caso que envolve o Primeiro Secretário do Comité Distrital do Partido Frelimo em Maríngue e Membro da Assembleia Provincial de Sofla eleito por aquele círculo distrital, André Madunana, acusado de na tarde do dia 24 de Outubro passado, em pleno período de campanha eleitoral, ter espancado com gravidade um membro do Partido para Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), o qual responde por Francisco Chenje, deverá pronunciar- se esta quinta-feira, segundo O Autarca apurou ontem em Gorongosa.

O julgamento do caso dirigido pela Juíza de Direito apenas identificada por Maria iniciou no passado dia 21 de Janeiro e a última sessão teve lugar ontem, na presença do acusado, André Madunana, da vitima, Francisco Chenje, e de cinco declarantes arrolados pelo Tribunal, nomeadamente Jacinta, esposa da vitima que confirma ter estado presente no acto de espancamento, Filipe Costamo, Secretário Distrital da Frelimo para a área de Administração e Finanças em Maríngue, Timóteo Benga, Secretario Distrital da Frelimo para a área de Organização, Mobilização e Propaganda também em Maríngue, Augusto Bento Morais, Motorista da Administração Distrital de Maríngue, e Fernando Fenisse, oficial de permanência no Comando Distrital da PRM em Maríngue.

Entre os assistentes da sessão de ontem achavam-se presentes na sala o Presidente do PDD, Raul Domingos, o Presidente da Comissão Politica Provincial do mesmo Partido em Sofala, Chico Braz, Presidente da Comissão Política Distrital do PDD em Gorongosa, Luís Magaço, entre outros. A sessão de ontem foi especialmente reservada aos declarantes Timóteo Benga, Filipe Costamo e Augusto Bento Morais, os quais foram depôr a favor do acusado André Madunana, além do oficial de permanêcia no Comando Distrital da PRM em Maríngue, Fernando Fenisse, que respondeu a perguntas da Juíza sobre o tratamento dado pela corporação ao caso.

Das declarações, consta que o acusado André Madunana refuta o seu envolvimento no espancamento brutal do membro do PDD, Francisco Chenje, no dia 24 de Outubro de 2009, no povoado de Forquia, alegando que nesse dia encontrava-se ausente do Distrito de Maríngue. Todavia, a vitima, a sua esposa e outros elementos ligados a família e ao PDD persistem que a agressão física que resultou ferimentos grãves a Francisco Chenje o seu autor foi André Madunana.

É que o cenário terá ocorrido em pleno gozo do direito de expressão politica por parte de Francisco Chenje, que fazia campanha eleito ral a favor do seu partido. Mas, André Madunana nega redondamente o seu envolvimento no acto, alegando que nesse dia não se encontrava no Distrito de Maríngue e nem sequer teria passado pelo povoado de Forquia, que dista a cerca de 120 quilómetros da vila sede do Distrito de Maríngue; uma alegação totalmente desmentida pela vítima e sua esposa arrolada como testemunha, que confirma ter presenciado a agressão.

Entretanto, a alegação de André Madunana segundo a qual nesse dia não se encontrava no distrito terá sido posta em causa pelas duas testemunhas que foram declarar a seu favor, nomeadamente Filipe Costamo e Augusto Bento Morais, os quais foram infelizes ao não conseguir esclarecer onde se encontrava o Primeiro Secretário da Frelimo no dia 24 de Outubro.

Filipe Costamo, Secretário para área de Administração e Finanças da Frelimo em Maríngue, afirmou que não tinha o conhecimento onde é que André Madunana se encontrava naquele dia, tendo confirmado apenas a deslocação de Madunana à Cidade da Beira, no dia 17 do mesmo mês, na companhia de Augusto Bento Morais, motorista da Administração Distrital de Maríngue. Por sua vez, o motorista da Administração em Maríngue, Augusto Morais, que disse não saber explicar exactamente onde se achava presente André Madunana na tarde do dia 24 de Outubro, confirmou ter transportado o Primeiro Secretário da Frelimo à Cidade da Beira no dia 17 e tendo regressado juntos no dia 19, cinco dias antes da ocorrência.

O outro declarante que que depôs a favor de André Madunana, nomeadamente o Secretário Distrital da Frelimo em Maríngue para a área de Organização, Mobilização e Propaganda, Timóteo Benga, confirmou em Tribunal que o seu superior hierárquico no dia 24 de Outubro se encontrava em Maríngue, mais concretamente na região de Mpango, onde participava de uma formação dirigida aos delegados de lista do seu partido.

Afirmou ainda que nesse mesmo dia, por volta das 11 horas, um camião ao serviço da campanha eleitoral da Frelimo, da marca Tata, transportando dezenas de membros e militantes do Partido, teria partido da vila sede de Maríngue com destino à Mpango, tendo regressado mais tarde. Só que essa versão entra em contradição com declarações que constam da matéria dos autos, segundo as quais o referido camião na tarde desse mesmo dia teria sido visto em direcção ao povoado de Forquia, conduzido pelo próprio Primeiro Secretário da Frelimo em Maríngue, ora Réu no processo em tratamento.

Na procura da veracidade dos factos, a Juíza questionou ao declarante Timóteo Benga quem teria conduzido o camião nesse dia, tendo afirmado que foi o motorista da Administração, Augusto Bento Morais, mas este quando interrogada pela Juíza negou ter conduzido o camião no dia 24 de Outubro passado, criando novo cenário de contradição, situação que deixou mais desconfortado o acusado André Madunana.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!