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Funhalouro já tem energia da rede nacional

A vila sede do distrito de Funhalouro, na província meridional moçambicana de Inhambane, consome, desde a semana passada, energia eléctrica da rede nacional, graças a conclusão das obras de montagem de uma linha de média tensão num percurso de 139 quilómetros a partir do cruzamento de Malaia, Estrada Nacional Número Um, até a localidade de Mbanguine, dez quilómetros depois da vila de Funhalouro.

Com a iluminação da vila de Funhalouro, apenas os distritos de Mabote e Panda não beneficiam da energia eléctrica da rede nacional.

Os distritos de Vilankulo, Inhassoro e Govuro são abastecidos por energia produzida através de gás natural no centro de processamento de Temane, no distrito de Inhassoro.

De acordo com o director da Electricidade de Moçambique, área operacional de Inhambane, Duarte Inhalo, neste momento decorrem ensaios da chegada de energia à sede de Funhalouro que, posteriormente, será canalizada aos diversos clientes que tem instalação já feita.

Duarte Inhalo explicou que o abastecimento de energia à sede do distrito bem como à região de Mbanguine só poderá ocorrer depois da montagem de um buster, na zona de Sitila, um equipamento que servirá para aumentar a potência da linha e evitar-se, assim, fornecimento de energia sem qualidade e com restrições.

Segundo explicou a fonte do “Noticias”, os ensaios realizados semana passada produziram resultados positivos, estando em curso neste momento algumas acções de acabamento das obras.

“Podemos dizer que Funhalouro já está ligado à rede nacional de energia eléctrica, mas ainda estamos a trabalhar para que, efectivamente, Funhalouro tenha energia de qualidade”, disse Duarte Inhalo, afirmando que definitivamente a obra será entregue até Dezembro.

A construção da linha de transmissão de energia eléctrica num percurso de 139 quilómetros que inclui a construção de postos de transformação nas localidades de Panga, Barrane, Gotite, Sitila, Manhiça até Mbanguine foi adjudicada à Angelic International Limited, uma empresa indiana que, por sua vez, subcontratou a Electro Redes.

Este projecto inclui a construção de 208 quilómetros de linha de média tensão de energia eléctrica Vilankulo-Mabote abrangendo as localidades de Pambara, Mapinhane, Muabsa, Macheco, Manhique, Cometela 1 e 2 Pangue e Chitanga.

Os dois projectos, nomeadamente, a electrificação dos distritos de Funhalouro e Mabote, incluindo a construção de 22 postos de transformação, abrangendo pouco mais de 500 novos clientes, estão orçados em cerca de 30 milhões de dólares norte-americanos.

Duarte Inhalo disse que, paralelamente a estas actividades, estão em bom ritmo, igualmente, obras de electrificação dos distritos de Panda e Mabote que poderão terminar ainda este ano.

Para o distrito de Panda, está em construção uma linha de 60 quilómetros de linha de média tensão de 33 Kv usando postes de betão a partir da vila do distrito de Inharrime, que irá beneficiar, para além de Panda, os povoados de Chacane e Inhassune.

Neste projecto, serão instalados sete postos de transformação, dos quais cinco unidades de 50 KVA, 33/0.4kv trifásicas, uma unidade de 25 KVA, 33/0.4 kv monofásica e outra unidade compacta de 500 KVA, 33 0.4 kv trifásica.

Ainda na linha de Panda, será construída uma rede de baixa tensão num percurso de 19,2 quilómetros que numa primeira fase vai beneficiar cerca de 620 novos clientes e será feita a instalação de 75 candeeiros de iluminação pública.

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