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França bombardeia reduto islamista no norte do Mali

Os caças franceses bombardearam, este Domingo (13), um reduto rebelde islamista no distante norte do Mali. Ao mesmo tempo, o governo da França enviava mais tropas para a capital do país, Bamaco, enquanto aguarda a chegada de uma força de países do oeste africano para desalojar os rebeldes ligados à rede Al Qaeda que ocupam áreas do norte do Mali.

O ataque em Gao, a maior cidade da região desértica controlada por uma aliança de grupos islamistas, marcou uma decisiva intensificação do conflito no terceiro dia de ataques de caças franceses, que bombardeiam o centro do vasto território capturado por rebeldes em Abril.

A França está determinada a acabar com a dominação islamista do norte de Mali, que muitos temem poderia transformar-se numa base de ataques contra o Ocidente, ligada à Al-Qaeda no Iémen, na Somália e na África do Norte.

O ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, disse que a intervenção francesa, iniciada, Sexta-feira, impediu que o avanço dos rebeldes chegasse a Bamaco. Ele enfatizou que os ataques aéreos vão continuar.

“O presidente está totalmente determinado em erradicar esses terroristas que ameaçam a segurança do Mali, do nosso país e da Europa”, disse Le Drian à televisão francesa.

Em Gao, cidade poeirenta nas margens do rio Níger, onde os islamistas impuseram uma forma extrema de interpretação da Sharia (lei religiosa islâmica), os moradores disseram que os jactos franceses bombardearam o aeroporto e as posições dos insurgentes.

Uma enorme nuvem de fumaça negra subiu do acampamento dos militantes no norte da cidade, e as camionetes transportavam mortos e feridos para o hospital.

“Os aviões são tão rápidos que só podes ouvir o seu som no céu”, disse por telefone a moradora Soumaila Maiga. “Estamos felizes, mesmo que seja assustadora. Em breve seremos libertados.”

O governo francês informou que quatro dos mais sofisticados jactos Rafale partiram da França para atacar campos de treinamento dos rebeldes, depósitos estratégicos e infraestrutura em Gao, com o objectivo de enfraquecê-los e impedi-los de voltar para o sul.

Um porta-voz do grupo Ansar Dine, uma das principais facções islamistas, disse que os franceses também bombardearam alvos nas cidades de Lere e Douentza. Os moradores declararam que os insurgentes haviam fugido de Douentza a bordo de camionetes.

A França enviou cerca de 550 soldados para o Mali, distribuídos entre Bamaco e a cidade de Mopti, 500 quilómetros ao norte. Em Bamaco, um cinegrafista da Reuters viu mais de 100 soldados franceses desembarcarem, Domingo, de um avião de carga militar no aeroporto internacional, nos arredores da capital.

A cidade estava calma. Alguns carros trafegavam com bandeiras francesas nas janelas para celebrar a intervenção da França.

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