O Chefe do Estado Maior do Exército português, Pinto Ramalho, de visita de trabalho à República de Moçambique defendeu, esta quarta-feira, em Nampula, a necessidade da formação de oficiais das Forças Armadas imbuídos de consciência lusófona.
“Nós somos uma comunidade ampla, uma comunidade que tem uma expressão política do ponto de vista de defesa no seio da Comunidade de Países da Língua Portuguesa. Portanto, é também bom que os jovens sejam formados com este espírito”, disse, sublinhando que o mundo da lusofonia é uma realidade e julgo que todos nós somos participantes dessa possibilidade de consciencializar os jovens que passam pela Academia Militar que é uma oportunidade para lhes mostrar que há uma cultura, uma língua e uma forma de estar no mundo dividida por vários continentes e que somos capazes de fazer coisas em conjunto.
Pinto Ramalho fez este pronunciamento na manhã desta quartafeira momentos de visitar a Academia Militar Marechal Samora Machel, instituição pública vocacionada à formação de oficiais das Forças Armadas de Moçambique para o nível de licenciatura.
O oficial luso que recordou ter participado, em 2002, do processo de elaboração do plano director daquela instituição, disse ter ficado impressionado com os notáveis resultados alcançados desde a sua criação em 2005 e garantiu que o seu país ira continuar a prestar assessoria técnica em vários domínios, com particular enfoque para os ramos do Exército, da Força Aérea e da Marinha de Guerra.
Aliás, no quadro da cooperação técnico-militar, Portugal destaca-se como um dos principais parceiros da “Samora Machel” com assessorias permanentes e periódicas, com deslocações sistemáticas de oficiais portugueses a Moçambique.
O comandante daquele instituição militar, Victor Muerequethule, mostrouse congratulado com os apoios que têm recebido daquele país europeu.
