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Flor japonesa tem composto promissor anti-HIV

Utilizando compostos químicos encontrados numa planta japonesa e luz ultravioleta, uma equipa do Instituto de Pesquisas Scripps, nos Estados Unidos, criou uma “biblioteca química” com dezenas de compostos sintéticos com potencial biomédico.

Embora tenham estudado apenas uma parcela deles até agora, os cientistas já descobrirem que um dos compostos é capaz de combater a inflamação e inibir a replicação do vírus HIV.

Os pesquisadores agora planejam optimizar o potencial do composto farmacêutico para que ele possa entrar no processo de desenvolvimento de um novo medicamento.

Biyouyanagi

A planta Hypericum chinense, conhecida no Japão como biyouyanagi, além de suas belas flores amarelas, produz compostos químicos potentes, conhecidos como biyouyanagins.

Da mesma família da Erva de São João, os biyouyanagins possuem uma intrigante estrutura molecular, com potencial para actuarem não apenas na luta contra o HIV, mas também em aplicações antitumorais.

Anti-HIV e anti-inflamatório

Um lado da sua estrutura é essencialmente a mesma de um biyouyanagin natural, enquanto o outro lado é um agrupamento com uma identidade estrutural, como as bases encontradas no DNA.

No teste do HIV, ele é comparável ao conhecido medicamento anti-Sida, o AZT, embora não seja tão potente. Nos testes de anti-inflamatórios, ele se mostrou tão ou mais potente do que os produtos comercialmente disponíveis.

Este composto especial ainda não foi testado contra o arenavírus, mas o professor K.C.Nicolaou, coordenador da pesquisa, afirma estar esperançoso que a equipa irá eventualmente encontrar atividade interessante também nessa área. “Nós estamos certamente entusiasmados ao ver esses resultados,” diz Nicolaou.

“É uma pista bastante promissora.” Agora a equipa vai alterar a estrutura inicial do composto 53 em busca de modificações que aumentem sua potência e, em seguida, iniciar o processo de teste de novas drogas. Química natural e química sintética Dentro da área biomédica, muitos pesquisadores argumentam que os produtos naturais são o melhor caminho para a descoberta de novos medicamentos.

Outros louvam o potencial de projectar medicamentos completamente sintéticos. “Eu pertenço a ambos os lados”, afirma Nicolaou, afirmando que prefere começar com os produtos naturais e, em seguida, modificá-los de várias formas para criar novos produtos sintéticos de maior potência.

“A força desta técnica está em que ela nos permite trabalhar em cima das estruturas naturais para fazer uma nova família de compostos.” Todos os compostos na nova biblioteca química são consideradas moléculas pequenas, como a aspirina.

Nicolaou acredita que isto oferece o melhor potencial biomédico. Moléculas grandes, como as proteínas, estão encontrando novas aplicações médicas, mas elas têm de ser injectadas, são frequentemente de curta duração e muito caras.

“Se você puder descobrir moléculas pequenas que funcionam, elas são baratas e duram o tempo suficiente no corpo para fazer seu trabalho,” diz o cientista.

O Instituto de Pesquisas Scripps é uma das maiores organizações de pesquisa biomédica do mundo, independente e sem fins lucrativos.

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