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Famílias abandonam Inhamitanga devido a crise de água

Pelo menos 10 famílias abandonaram Inhamitanga nos últimos dias devido a crise de água que afecta aquela vila do distrito de Cheringoma, província de Sofala, Centro de Moçambique.

 

 

Jorge Abílio, chefe daquela vila, que também tem a categoria de Posto Administrativo, disse que as 10 famílias, com uma população correspondente a 50 pessoas, já se retiraram daquela zona que neste momento está completamente desprovida de água para o consumo.

As famílias afectadas pela crise de água começaram a deslocar-se para o interior do mesmo distrito, principalmente para Inhaminga, nas margens dos rios Púnguè e Zângue, locais onde habitualmente abunda crocodilos.

Segundo escreve o jornal “Notícias” de sábado, num passado recente, uma situação do género concorreu para uma maior desistência de alunos nas escolas de Inhamitanga.

Para fazer face a esta situação, o Governo local acaba de contratar uma empresa que agora se encontra no terreno para abrir novas fontes de água.

Por outro lado, está já na fase conclusiva a reabilitação de uma represa com vista a recuperar uma fonte de água na vila de Inhamitanga, estando o mesmo a acontecer nas povoações de Nauréngua e Maronguè.

“Mesmo assim, lamentamos ao registarmos o abandono da vila de Inhamitanga de algumas famílias por falta de coragem para resistir a crise da água, mas estamos esperançados que logo que conseguirmos recuperar a fonte pode provocar o retorno da comunidade por não se ter deslocado para muito distante da zona crítica”, disse Abílio, citado pelo “Notícias” de hoje.

Refira-se que este não é o primeiro caso de migrações registado na província de Sofala diversas razões associadas a pobreza.

Por exemplo, mês passado, foi reportado que pelo menos 20 famílias da povoação de Nhauandu, distrito de Marínguè, emigraram para as encostas da Serra de Gorongosa devido a crise alimentar que afecta aquela zona afectada pela seca.

As comunidades que naquela altura ainda teimavam em permanecer naquela povoação de Marínguè sofriam sérias limitações de comida, alimentando-se basicamente de farelo e folhas de mandioqueiras.

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