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Falta de medicamentos nos hospitais públicos está na ordem do dia

O Reino dos Países Baixos está atento às interrupções no fornecimento de fármacos às unidades sanitárias públicas, um problema que apoquenta mormente a população das zonas rurais, e recomenda ao Ministério da Saúde (MISAU) a entender e responder às críticas das Organizações Sociedade Civil e corrigir determinadas questões sobre o assunto e funcionamento do Sistema Nacional de Saúde (SNS).

Segundo Frédérique de Man, embaixadora do Reino dos Países Baixos e ponto focal dos parceiros de cooperação do MISAU, devido à crise de fármacos a população chega a comprá-los no mercado informal e, na pior das hipóteses, recebe remédios fora do prazo, facto que deixa dúvida sobre a qualidade dos medicamentos fornecidos pelo sector público.

A embaixadora, que falava esta quinta-feira (10), em Maputo, na abertura da Primeira Sessão do Comité de Coordenação Sectorial (CCS), disse ainda que os funcionários do sector de saúde devem pautar por um comportamento digno, pese embora os poucos recursos disponíveis nos hospitais e estejam a trabalhar em condições difíceis.

No encontro, apontou-se igualmente que a pulverização intradomiciliária com vista a combater a malária, uma enfermidade com taxas de mortalidade ainda preocupante em Moçambique, é ainda ineficiente; persiste a grande demanda nos serviços de planeamento familiar mas sem resposta satisfatória, bem como prevalecem as altas taxas de malnutrição crónica. Estes problemas e o da falta de medicamentos são alguns desafios que exigem do SNS esforços arrojados para ultrapassá-los.

Frédérique de Man recordou, também, que numa das reuniões entre as entidades que lidam com as questões de saúde no país e seus parceiros, criticou-se o facto de ainda haver dificuldades na prevenção da transmissão vertical do HIV/SIDA de mãe para o filho, apesar dos progressos alcançados. Estimativas indicam que 11,5 porcento dos 22 milhões de moçambicanos são mulheres grávidas seropositivas.

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