Foi assassinado na noite de sábado, 10 de Agosto, o escultor moçambicano, Alexe Simões Ferreira (Alexandria), confundido com os malfeitores do famoso G-20, uma gangue que (além de roubar e abusar, sexualmente, torturas as vítimas) há semanas nas cidades de Maputo e Matola. Alexe foi vítima da fúria popular.
Quando disseminada, a informação sobre a sua morte – definitivamente inoportuna – chocou os seus familiares, amigos e admiradores da sua arte, em Moçambique e fora do país.
É como afirma Lulu Arte Vina, na página facebook do finado, que foi com muita tristeza que recebi o telefonema na manhã de domingo, 11 de Agosto, sobre a morte do meu melhor amigo vítima de espancamento.
Em jeito de homenagem, Priscilla Fumo Lear, uma das suas amigas que acreditava no seu talento, usou a sua foto na sua conta da mesma rede social.
Alexe nasceu a 08 de Dezembro de 1978 em Maputo. Começou a esculpir com o seu pai e mestre, o escultor Simões em 1990 e a vender as suas obras na Feira de Artesanato, na Praça 25 de Junho, na mesma cidade. É membro do Núcleo de Arte de Maputo, onde expõe as suas obras, anualmente, desde 1995, e do Lattice nos Estados Unidos da América.
Um detalhe de uma das suas esculturas, “Jinga, a última viagem para o céu” – objecto de discordância entre a Plural Editores Moçambique e o artista, devido ao desrespeito da Propriedade Intelectual – pode ser apreciado na capa do livro da disciplina de Educação Visual da 9a Classe do ensino secundário geral.
Nos próximos tempos publicar-se-á a informação sobre a data e o local do seu funeral. Alexe deixa uma filha menor e esposa.
Paz à sua alma!
Saiba mais sobre Alexe Ferreira nos links https://www.verdade.co.mz/cultura/36006-plural-editores-desrespeita-os-direitos-do-autor
http://www.kulungwana.org.mz/por/Artistas/Alexandria
http://www.kulungwana.org.mz/por/Artistas/Alexandria