A fábrica de processamento de algodão de Monapo, na província de Nampula, deverá reduzir em cerca de 13 mil toneladas, para 17 mil, o seu nível de processamento de algodão, perdendo assim o estatuto de maior unidade produtiva do género a nível da África Austral. Em anos passados a fábrica processava cerca de 30 mil toneladas em média anual.
Aquela fábrica, gerida por investidores indianos, opera com matéria-prima fornecida por produtores locais que estão actualmente “desanimados com a oscilação e baixos preços do algodão praticados no mercado internacional”, segundo Adelino Manuel, director distrital das Actividades Económicas de Monapo.
Segundo o Correio da manhã, Adelino Manuel apontou a escassez de chuvas ao longo da campanha agrícola 2012/2013 como outra razão do baixo nível de produção de algodão, acrescentando, entretanto, que o cenário poderá melhorar na presente época 2013/2014 “devido às boas perspectivas meteorológicas e melhoria dos preços deste produto no mercado externo”.
Caso as previsões sejam confirmadas, “Monapo poderá aumentar a sua capacidade de processamento de algodão para cifras próximas das 30 mil toneladas”, salientou Manuel, apontando a atribuição de diversos tipos de incentivos aos produtores locais como parte de iniciativas que estão em curso para envolver mais agricultores na produção daquela cultura tradicional nas exportações moçambicanas.
Refira-se que, além de produzir fibras de algodão para exportação, a fábrica de Monapo dedica-se à transformação daquele produto em óleo e sabão para abastecer o mercado moçambicano.
A agricultura é a principal actividade desenvolvida pela maioria dos cerca de 245.414 habitantes do distrito de Monapo que também se destaca por ser uma potência na produção de cana-de-açúcar, mandioca, mapira, milho, amendoim e arroz.