As exportações de bens e serviços de Moçambique para Portugal duplicaram de Janeiro a Abril deste ano, passando a valer 44 milhões de euros, mas as compras que Portugal faz àquele país estabilizaram nos 123 milhões de euros, segundo a AICEP.
De acordo com os dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e que têm por base os números do Instituto Nacional de Estatística e do Banco de Portugal, o saldo da balança comercial manteve-se positivo, mas desceu 22,7%, de 101 para 78 milhões de euros nos primeiros quatro meses deste ano.
Na base desta duplicação das importações está, entre outros aspectos não identificados, o aumento da compra de tabaco, que subiu mais de 70%, para 3,1 milhões de euros, valendo mais de 15% do total das importações de Moçambique, numa lista que continua a ser liderada pela rubrica “Açúcares de cana ou de beterraba e sacarose química, pura, no estado sólido”, que vale quase 15 milhões de euros e 70% do total das importações portuguesas daquele país.
As exportações mantiveram-se estáveis, registando apenas uma subida de 0,4%, mas alguns itens registaram subidas significativas nas vendas, por exemplo de material pesado de construção, que teve um aumento de 12%, para mais de seis milhões de euros, e “outros móveis e suas partes”, com uma subida de mais de 90%, para 3,3 milhões de euros, para além dos “veículos automóveis para transporte de mercadoria”, que registaram um aumento de 113% para 2,2 milhões de euros.
CPLP
No total, o saldo da balança comercial entre Portugal e os países da CPLP diminuiu 31,6%, de 784 para 536 milhões de euros nos primeiros quatro meses deste ano, de acordo com os dados da AICEP. As exportações de bens e serviços para os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aumentaram 6,4% de Janeiro a Abril, para 2,1 mil milhões de euros, mas as importações subiram 7,7%, para 1,6 mil milhões, fazendo o saldo da balança comercial diminuir de 784 para 536 milhões de euros.
De acordo com os dados, a maior variação percentual ocorreu na exportação de bens e serviços para São Tomé e Príncipe, com um aumento de 15,7%, para 19 milhões de euros, mas em termos nominais é Angola o país dominante.
No caso das importações, a maior variação percentual aconteceu na relação comercial com o mesmo país, com um aumento de 252,6%, passando as compras portuguesas em São Tomé a valerem 3,7 milhões de euros no primeiro quadrimestre deste ano, contra 1,052 milhões nos primeiros quatro meses do ano passado.