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Exportação ilegal de madeira leva funcionários à suspensão

Seis fiscais da Agricultura, ligados aos Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia em Cabo Delgado, norte de Moçambique, estão suspensos das suas actividades por se reconhecer que faltaram à sua obrigação profissional ao permitirem que quantidades não especificadas de madeira fossem contentorizadas e exportadas ilegalmente.

Segundo reporta o Jornal Noticia, na sua edição deste sábado, os seis funcionários assistiram o empacotamento de cerca de 200 contentores de madeira que iam ser exportados ilegalmente e nada fizeram para impedir que tal acontecesse.

Para além de terem faltado à sua obrigação profissional, a conduta dos fiscais ora suspensos é agravada pelo facto de na reabertura dos contentores e consequente recubicagem, ter se descoberto que as quantidades declaradas para a exportação eram muito abaixo das reais.

Os referidos contentores foram apreendidos na sequência de uma operação realizada há dois meses e meio, que terminou com a retenção, no porto de Pemba, do navio Kota Mawar.

Todos os contentores apreendidos foram desempacotados, tendo se descoberto que para além de madeira, os mesmos iam transportar ilegalmente marfim e outros recursos naturais proibidos por lei.

O Noticias refere, ainda, que a madeira encontrada nos contentores foi colocada ao relento e corre sério risco de se deteriorar, sendo que algumas espécies já estão a germinar.

Aliás, esta situação é comum no país. Há mais de cinco anos foi abortada uma exportação ilegal de raízes de espécies florestais moçambicanas, no distrito setentrional de Mueda, tendo as mesmas sido colocadas em frente ao edifício do tribunal e procuradoria distritais, onde jazem até hoje.

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