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Exportação da castanha de caju com custos elevados no porto de Nacala

Elevados custos nas operações de exportação da castanha de caju estão a se registar no porto de Nacala e a condicionar o processo, de acordo com denúncias acabadas de ser feitas por agentes económicos das províncias da Zambézia, Nampula e Cabo Delgado.

Concretamente, os elevados custos registam-se no manuseamento de contentores com castanha de caju para exportação, constrangimento que se alia às precárias condições em que se encontram as vias de acesso para zonas de comercialização da castanha e a insuficiência da água potável, energia e da assistência médica e medicamentosa aos produtores, particularmente.

A morosidade na tramitação do processo de reembolso do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), o deficiente acesso ao crédito bancário, invasão de operadores com licenças ocasionais no período das safras e fraca qualidade da castanha são outros problemas apresentados por agentes económicos ligados à área de comercialização e exportação da castanha de caju das províncias da Zambézia, Nampula e Cabo Delgado.

Os constrangimentos foram apresentados e debatidos pelos empresários do sector de caju durante um encontro regional Norte preparatório da campanha de caju 2011/2012, havido na cidade de Nampula, versando sobre distribuição e plantio de mudas, maneio integrado de caju e sobre comercialização da castanha de caju.

Financiamento bancário

Durante, entretanto, o referido encontro foi anunciada a comercialização de cerca de 73 mil toneladas da castanha de caju daquelas três províncias, referentes à campanha 2011/2012, contra 78.716 toneladas da safra anterior e também anunciada a disponibilização pelo Banco Comercial de Investimento (BCI) de 18 milhões de dólares norteamericanos para financiamento da campanha a arrancar em Janeiro de 2012, em Moçambique.

Cerca de 38% da castanha comercializada em 2010/ 2011 foram exportados e 37% da mesma quantidade abasteceram as fábricas em funcionamento no país, contra 4% que tiveram destino incerto, 8% processadas informalmente e 13% em stock.

Refira-se que as 78.716 toneladas de castanha de caju foram comercializadas ao preço médio de 23 meticais por quilograma, representando um crescimento de 12% em comparação com o preço da safra anterior.

O produto foi exportado para os Estados Unidos da América (EUA), Singapura, Emiratos Árabes Unidos, Holanda, Líbano e Canadá.

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