Duas grandes explosões mataram 40 pessoas em Damasco, esta Quinta-feira, destruindo carros numa autoestrada movimentada e atingindo um complexo de inteligência do presidente Bashar al Assad, informou a imprensa estatal.
A TV síria culpou os “terroristas” pelos ataques realizados durante o período da manhã, que foram os mais violentos na capital desde o início da revolta contra Assad, há 14 meses.
Os prédios oficiais atingidos estão envolvidos com o comando da repressão do governo aos protestos.
As imagens da televisão mostraram carros retorcidos e queimados, alguns com restos humanos carbonizados. A emissora estatal acrescentou que mais de 170 pessoas ficaram feridas.
Uma das explosões abriu uma cratera de 10 metros no solo e lançou destroços sobre uma vasta área. Corpos ensanguentados e partes de corpos podiam ser vistos na estrada.
Os ataques aconteceram um dia depois de uma bomba ter explodido perto de observadores da ONU que monitorizam um cessar-fogo, que as duas partes do conflito são acusadas de desrespeitar, e duas semanas depois de as autoridades terem afirmado que um homem-bomba matou pelo menos nove pessoas em Damasco.
“Esse é mais um exemplo do sofrimento causado ao povo sírio pelos actos de violência”, disse o general Robert Mood, chefe da missão de monitores da ONU, que visitou o local.
“Temos visto isso aqui em Damasco e também noutras cidades e vilarejos em todo o país… Peço a todos, dentro e fora da Síria, que ajudem a acabar com a violência.”
Cerca de 9.000 pessoas foram mortas por forças de segurança sírias desde o início dos protestos contra Assad, segundo a ONU, e o governo sírio diz que os insurgentes mataram 2.600 policiais e agentes de segurança.