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Expansão do ensino superior ainda longe do desejado – Guebuza

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, reconheceu, Sexta-feira, que o actual efectivo de estudantes de ensino superior no país ainda está longe do desejado.

Falando na cerimónia de graduação de 27 estudantes finalistas do Instituto Superior de Educação e Tecnologia (ISET), o Chefe do Estado disse que, Moçambique, com 20 milhões de habitantes, ainda tem menos de cem mil estudantes universitários.

“Este rácio é muito baixo. Nós precisamos de ter pelo menos 500 mil estudantes e mesmo assim, talvez não nos sentíssemos totalmente satisfeitos”, disse Guebuza, durante o seu discurso que, além da expansão do ensino, também deu enfoque a questão de qualidade do ensino.

Na sua intervenção, Guebuza disse que, em Moçambique, a expansão do ensino superior está no centro das atenções do Governo, sendo por isso que vai continuar a instalar e a promover a instalação de mais instituições de ensino superior em diferentes pontos do país.

Igualmente, o Presidente da República disse que o Governo vai diversificar e promover a diversificação de instituições que oferecem o ensino superior bem como vai liderar e incentivar a adesão de mais estudantes a programas de ensino à distância.

Por outro lado, Armando Guebuza falou da importância do ensino técnico profissional, que, por sinal, se complementa com o ensino superior, sendo por isso que o Governo tem também estado a investir na expansão deste tipo de subsector de ensino.

“Uma coisa não elimina a outra. Pelo contrário, complementam-se. Por isso, o nosso esforço tem sido de aumentar também as escolas técnicas e creio que chegaremos um dia em que teremos pelo menos uma escola técnica média em cada distrito e, mesmo assim, ainda estaremos na batalha de aumentar mais escolas técnicas de nível médio”, disse Guebuza.

Segundo o Presidente da República, só dessa maneira, Moçambique estará em condições de absorver e assimilar conhecimentos que garantam o desenvolvimento endógeno e sustentável do país.

Ainda na sua intervenção, Guebuza disse que a expansão do ensino superior traz consigo a necessidade de se salvaguardar a sua qualidade, e nesta abordagem há que considerar aspectos ligados a qualidade da formação oferecida pela instituição do ensino, qualidade da própria instituição e qualidade do resultado das pesquisas realizadas e que são colocadas ao serviço do público.

Refira-se que os 27 estudantes graduados hoje em cerimónia dirigida pelo Chefe do Estado moçambicano constituem o primeiro grupo de bacharéis formados pelo ISET, a primeira instituição de ensino superior a funcionar num posto administrativo, desta feita em Changalane, distrito de Namaacha, província de Maputo.

Estes estudantes iniciaram as suas aulas do curso de “Desenvolvimento Comunitário, lutando ao lado do pobre” em 2008, ano da inauguração desta instituição criada pela organização dinamarquesa ADPP.A ADPP é um dos maiores parceiros do sector da Educação de Moçambique, e segundo a directora-geral da organização, Birgit Holn, as suas actividades no país remontam já há 30 anos.

Segundo Holn, além desta instituição de ensino, a ADPP construiu e está a gerir 11 centros de formação de professores espalhados pelo país e outras escolas de nível primário e secundário gerais. Ainda na sua intervenção, Guebuza enalteceu o esforço da ADPP, ao estabelecer ISET num posto administrativo, o que se tornou num dos símbolos mais expressivos da expansão do ensino no país.

“Neste seu papel pioneiro, criou as condições não só para se colocar muito mais perto das comunidades rurais como também, e sobretudo, para assegurar que os seus estudantes façam a sua formação muito mais perto dessas comunidades”, sublinhou Guebuza.

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