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Exigência de pagamento se subsídios termina em tiroteio e prisões em Nampula

Confusão, detenções, tiroteio protagonizado pela Polícia da República de Moçambique (PRM) e pessoas feridas são o balanço da manifestação movida por um grupo de cidadãos que participaram num curso de registadores de agregados familiares para a distribuição de redes mosquiteiras em Nampula, por falta de pagamento. Entretanto, os subsídios foram pagos na terça-feira (20) e os beneficiários receberam mais do que tinha sido prometido.

Dez indivíduos foram presos durante o referido protesto levado a cabo por mais de 1.300 pessoas que exigiam o pagamento de subsídios de formação, no valor de 400 meticais/pessoa. Porém, foram pagos 800 meticais. A Polícia acusa-os de orquestrarem a agitação, que teve lugar na cidade daquela província.

A formação, com duração de dois dias, teve lugar no fim-de-semana passado e o registo das famílias que supostamente deverão beneficiar de redes mosquiteiras, no âmbito do combate a malária, tinha arranque previsto para segunda-feira (19). O programa é das autoridades moçambicanas, mas a logística está alegadamente a cargo da Malaria Consortium.

O pagamento, segundo os formandos, devia ter sido efectuado no domingo, mas foi alastrado para segunda-feira, o que também não aconteceu porque o processo tinha sido cancelado para até último dia do registo dos beneficiários de redes mosquiteiras. A inscrição vai levar uma semana.

Como forma de pressionar os responsáveis da entidade que o contratou, a pagar o que ficou acordado, o grupo de insurrectos posicionou-se na Avenida 25 de Setembro, em frente das instalações onde encontra o reservatório de medicamento, e montou barricadas. A situação impediu a fluidez de viaturas e a PRM dispersou a multidão a tiros no ar.

Doris Zaina, directora distrital de saúde, mulher e acção social de Nampula, disse que se está a trabalhar com a Malária Consortium, responsável pela logística do processo. “Nós estamos na área de implementação” e os formandos “teriam tido um subsídio de lanche no sábado e domingo, e 200 meticais por pessoa.

A dirigente desaprovou a atitude dos manifestantes e disse que a Malaria Consortium faria de tudo para que o plano decorra conforme o traçado, mas o início do registo depende da chegada do material para o efeito.

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