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Exército do Iémen ataca reduto de islâmicos e dezenas de pessoas morrem

Aviões de guerra iemenitas e soldados bombardearam a fortaleza militante islâmica de Jaar, esta Segunda-feira, disseram as autoridades e testemunhas, como parte de uma ofensiva apoiada pelos EUA num país que Washington vê como uma linha de frente na guerra contra a Al Qaeda.

Pelo menos 38 soldados e militantes foram mortos quando os militares lançaram o seu ataque mais grave em Jaar até o momento e também atacaram posições perto de Shaqr, uma cidade costeira numa importante rota de navegação, afirmou um oficial militar iemenita à Reuters.

O Iémen está a lutar para retomar as cidades e território na província de Abyan, ao sul, que foram tomados por militantes ligados à Al Qaeda, ano passado, durante um levante popular contra o presidente Ali Abdullah Saleh.

Washington, que ajudou a gerir a substituição de Saleh por seu vice, está a apoiar a campanha e aumentou os ataques aéreos aos supostos membros da Al Qaeda que acredita estarem a planear ataques do Iémen.

Os EUA também enviaram dezenas de instrutores militares e aumentaram a ajuda para o Iémen, uma vez que desejam que o presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi reunifique as Forças Armadas e as direccione contra a Al Qaeda.

“Os militares acabaram de começar um ataque a partir de três frentes diferentes na tentativa de entrar em Jaar”, disse um oficial militar, acrescentando que homens tribais armados estavam a ajudar os soldados.

O Exército combateu contra militantes durante a noite de Domingo até à manhã de Segunda-feira, expulsando-os das pequenas aldeias e matando pelo menos 28 combatentes e seis soldados, disse o oficial.

Os moradores contaram à Reuters que o Exército usou aviões de guerra e artilharia para atacar o centro da cidade. O Exército também estava a preparar-se para tentar tomar a cidade de Shaqra, no litoral sul, disse o oficial, acrescentando que oito militantes e dois soldados foram mortos em confrontos perto da cidade.

Shaqra é uma porta de entrada para somalis no Iémen para lutar ao lado da Al Qaeda. A ofensiva militar cortou o fornecimento de alimentos e remédios e forçou milhares a abandonarem as suas casas, disse o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), semana passada.

Dezenas de milhares ficaram presos dentro de cidades como Jaar e Shaqra, acrescentou o CICV. Preocupados com a crise humanitária e de segurança no Iémen, países do Golfo Árabe e do Ocidente prometeram mais de 4 bilhões de dólares em ajuda para a nação empobrecida, mês passado.

Separadamente, um homem saudita, Abdulaziz al-Nasser Mahiri, que foi sequestrado há seis meses por tribais no norte do Iêmen, foi libertado, Domingo, depois de uma mediação tribal, informou a agência de notícias estatal iemenita Saba no seu site.

Os sequestros de estrangeiros e iemenitas são comuns no empobrecido estado da Península Arábica, onde os reféns são frequentemente utilizados por membros de tribos descontentes para pressionar as autoridades.

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