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Governo polaco pede calma com marcha de adeptos russos

As autoridades de Varsóvia pediram calma, esta Segunda-feira, antes de uma marcha planeada por cerca de 5.000 adeptos russos rumo ao estádio da cidade para assistir a sua selecção em partida contra a Polónia, pelo Grupo A da Euro 2012, que pode ser um potencial motivo de conflito durante o campeonato.

Os dois vizinhos sempre tiveram relações complicadas pela animosidade histórica e por causa do domínio soviético depois da 2ª Guerra Mundial.

Um acidente de avião que matou o presidente da Polónia e outras 95 pessoas na Rússia, há dois anos, aproximou as duas nações a princípio, apenas para distanciá-las novamente devido às disputas sobre quem era responsável.

Cerca de 5.000 fãs russos planeiam marchar até ao estádio, Terça-feira, e os seus representantes disseram às autoridades de Varsóvia que queriam apenas celebrar “o festival do futebol”, segundo o director da unidade de segurança e crise de Varsóvia, Ewa Gawor.

“Eu pedi para terem um comportamento pacífico, para não provocarem ninguém nas ruas”, disse Gawor numa entrevista colectiva. “Queremos que esse festival seja pacífico. Tivemos as garantias, mas estaremos atentos. “

A Uefa avisou ao governo polonês para esperar cerca de 20.000 adeptos russos na cidade, espalhados por todo o estádio e pela área de concentração dos fãs.

Um porta-voz da polícia de Varsóvia disse que as autoridades estavam totalmente preparadas, mas não quis dar números precisos de quantos policiais estariam nas ruas.

O técnico da Rússia, Dick Advocaat, e o presidente da federação de futebol do país colocaram uma coroa em Varsóvia, Domingo, para homenagear as vítimas do acidente aéreo, numa tentativa de aliviar as tensões.

Um grupo de manifestantes, na sua maioria idosos com fotos do presidente Lech Kaczynski, que morreu no desastre aéreo, fez orações nas proximidades.

Um movimento liderado por Jaroslaw Kaczynski, gémeo do ex-presidente e líder do principal partido de oposição da Polônia, questiona se a queda do avião foi um acidente e afirma que o governo russo pode ser pelo menos parcialmente culpado.

Os poloneses também temem que os fãs russos exibam símbolos da era soviética, que os recordam dos 44 anos sob o domínio da Rússia por trás da Cortina de Ferro.

“Cada pequena coisa traz de volta todas as injustiças históricas que não foram totalmente resolvidas”, disse Andrzej Rychard, sociólogo da Academia Polonesa de Ciências.

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