As tropas israelitas mataram, esta terça-feira (22), dois palestinos na cidade de Hebron, na Cisjordânia, e os porta-vozes do Exército disseram que eles eram militantes do Hamas responsáveis ??pela morte de três jovens israelitas em Junho, numa acção que desencadeou a guerra em Gaza.
Marwan Kawasme e Amar Abu Aysha, ambos na casa dos 30 anos, foram mortos a tiros durante um confronto depois de as tropas israelitas terem cercado uma casa na cidade antes do amanhecer, disseram o Exército e os moradores.
Israel estava à procura dos homens havia três meses. Kawasme e Abu Aysha eram acusados de terem matado três seminaristas adolescentes sequestrados enquanto viajavam ao apanharem uma boleia de noite perto de um assentamento judaico na Cisjordânia, a 12 de Junho. Os militares disseram que o Exército e a polícia israelita estavam a tentar prender os dois suspeitos quando irrompeu o tiroteio.
“Abrimos fogo, eles revidaram, e eles foram mortos em seguida”, disse o porta-voz militar israelita, tenente-coronel Peter Lerner. O governador de Hebron, Kamel Hmeid, confirmou a uma rádio palestina que os dois foram mortos.
“Está claro agora que os dois mártires, al-Kawasme e Abu Aysha, foram assassinados nesta manhã durante uma operação militar na área da Universidade Hebron. Condenamos este crime, este assassinato, como o assassinato deliberado e premeditado”, disse Hmeid.
Kawasme e Abu Aysha eram afiliados ao Hamas, que inicialmente negou qualquer ligação com o ataque de Junho. No mês passado, no entanto, o grupo reconheceu a responsabilidade, embora a sua liderança tenha dito que não tinha conhecimento prévio de que os homens planeavam sequestrar os alunos.
“O Hamas elogia o papel desempenhado pelos mártires Abu Aysha e Kawasme na perseguição aos colonos israelitas, e ressaltamos que o seu assassinato não vai enfraquecer a resistência”, disse o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, em Gaza.
