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Exames extraordinários começaram com 12 casos de fraude em Moçambique

Até ao último balanço foram contados doze casos de fraude e muitas ausências, à escala nacional, nos exames extraordinários da 10ª e 12ª classes iniciados, Segunda-feira (9), em Moçambique.

Na província meridional de Maputo, por exemplo, foram registadas 10 fraudes. Em Inhambane (sul) houve uma, o mesmo número verificado em Gaza (sul), perfazendo um total de 12 casos.

Nas restantes províncias os dados ainda estavam a ser sistematizados. Segundo o “Noticias” desta Terça-feira (10), a descoberta destas fraudes decorre do aperto ao cerco feito pelas autoridades do Ministério da Educação depois dos incidentes verificados recentemente quando da realização das provas do final do trimestre.

Adianta que as medidas de vigilância decorrerão mesmo durante o período de correcção, que no caso vertente será com recurso a meios electrónicos na 12ª classe.

O primeiro dia dos exames também foi caracterizado pelos habituais problemas dos atrasos por parte dos candidatos, particularmente no período da manhã.

Muitos outros examinandos estiveram ausentes por desconhecimento das datas de realização das provas, visto que inicialmente tinha-se indicado dia 23 de Julho como data do começo.

Confrontada com esta situação, Adelina Lucas, da Comissão dos Exames e Certificação no Ministério da Educação, disse que as datas foram anunciadas previamente com recurso aos meios de informação e editais afixados nas escolas.

Justificou, todavia, que as ausências podem estar também relacionadas com as deslocações, porque casos há em que muitos se submetem às provas em lugares distantes dos seus locais de residência, o que motiva atrasos nas primeiras horas.

O MINED destaca que, pela primeira vez, este ano a 12ª classe registou um decréscimo no número de candidatos, ou seja, oito por cento a menos dos anos anteriores (no ano passado tinham se inscrito 39 mil candidatos).

Para o nível da 10ª classe este ano a redução do número de inscritos situa-se na ordem de nove por cento (pouco mais de 650 candidatos). Com efeito, segundo os registos da Educação, estão inscritos para os exames ora em curso 6547 candidatos na décima classe e 35.936 para a 12ª.

São apontadas como possíveis razões do decréscimo a falta de documentos por parte de alguns candidatos na altura da inscrição.

As autoridades garantem que mesmo assim os exames de admissão vieram para ficar porque através deste exercício pretende-se, por um lado, dar a oportunidade aos estudantes que não terão concluído o nível pré-universitário por reprovação numa ou duas disciplinas e, por outro, estimular o auto-didatismo.

É que anualmente há estudantes que reprovam a uma ou duas disciplinas e candidatam-se para completar o ciclo, enquanto na décima é a globalidade da secção. Na óptica do MINED, em condições normais os índices deviam continuar a registar um crescimento, mas infelizmente não é o que está a acontecer.

O calendário dos exames extraordinários deste ano, que deveriam ter lugar no dia 23 de Julho, foi reajustado para criar espaço para que os intervenientes possam participar no Festival Nacional da Cultura, que decorrerá de 11 a 15 de Julho corrente em Nampula.

Segundo as autoridades da Educação, tratou-se de um ajuste decorrente do facto de o calendário escolar ter sofrido uma alteração.

No Ensino Geral, a 10ª classe vai realizar exames nas disciplinas de Português, História, Inglês, Química, Geografia, Física, Matemática, Biologia e Educação Visual. Na décima segunda inclui também avaliações a Filosofia, Francês, Desenho e Geometria Descritiva.

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