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Ex-primeiro-ministro Jibril amplia a vantagem na apuração da Líbia

O ex-primeiro-ministro Mahmoud Jibril ampliou a sua liderança na apuração da histórica eleição da Líbia, segundo os resultados preliminares divulgados, esta Quarta-feira (11), enquanto os seus rivais islâmicos tentam fortalecer-se a selar acordos com os candidatos independentes.

A Aliança das Forças Nacionais, de Jibril, caminha para uma vitória esmagadora no distrito que abrange as cidades de Tobruk e Derna (leste), considerado um reduto islâmico, o que sugere que o apoio a ele não se restringe às principais áreas urbanas.

Ele também lidera em Sabha, principal cidade no deserto do sul. O partido Justiça e Construção, braço político da Irmandade Muçulmana da Líbia, está à frente na cidade de Shati (centro), um dos poucos lugares onde a aliança de Jibril não concorreu.

As primeiras eleições nacionais livres da Líbia em seis décadas foram saudadas como um sucesso por observadores internacionais, apesar dos incidentes que mataram pelo menos duas pessoas no dia da votação.

Os analistas dizem que Jibril beneficiou-se da sua proeminência como uma das principais figuras na rebelião do ano passado que encerrou os 42 anos da ditadura de Muammar Khadafi.

Já os candidatos do partido Justiça e Construção eram pouco conhecidos ou foram afectados pelas percepções locais de que esse partido tem ligações com a Irmandade Muçulmana do vizinho Egito, o que contrariaria o forte senso local de soberania nacional.

Mas os ganhos de Jibril não irão automaticamente traduzir-se num domínio na assembleia nacional provisória que irá escolher um primeiro-ministro e um gabinete antes da realização das eleições parlamentares plenas, em 2013.

Os candidatos das listas partidárias disputam apenas 80 vagas, o que significa que a maioria será composta por deputados independentes, cujas lealdades são difíceis de definir, e que podem fazer acordos com os partidos islâmicos.

A comissão eleitoral nacional inicialmente prometeu resultados preliminares para Quarta-feira, mas mesmo as votações parciais para a maioria dos distritos de Trípoli e de Benghazi, segunda maior cidade, não foram divulgados.

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