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China apoia a entrada do Irão nas discussões sobre a Síria

A China manifestou, esta Quarta-feira (11), o apoio à proposta do mediador internacional Kofi Annan para que o Irão seja incluído nas discussões a respeito da crise na Síria, ideia que enfrenta uma forte oposição ocidental.

“A China acredita que a resolução apropriada da questão da Síria não pode ser separada dos países na região, especialmente o apoio e a participação daqueles países que são influentes sobre as partes relevantes na Síria”, disse em Pequim o porta-voz da chancelaria chinesa, Liu Weimin.

A China e a Rússia, que têm poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, vetaram todas as tentativas dos EUA e dos seus aliados para pressionarem o presidente da Síria, Bashar al-Assad, que há 16 meses reprime com violência uma rebelião contra o seu governo.

Os activistas relataram, Quarta-feira, um novo bombardeio em áreas rebeldes de Homs e combates em muitas outras partes do país.

Annan deve falar ao Conselho de Segurança, esta Quarta-feira (11), para apresentar os resultados das suas visitas desta semana a Damasco, Teerão e Bagdad, três capitais que formam um “eixo xiita” de poder no Oriente Médio.

O Irão apoia fortemente Assad, que pertence à seita minoritária alauita (uma variação do islamismo xiita) e enfrenta a oposição da maioria sunita.

Annan propôs, Terça-feira (10), que o Irão participe nas tentativas de retomar o processo de paz da Síria, iniciando as discussões para uma transição política. O governo iraquiano também apoiou essa proposta. Já os EUA viram a ideia de Annan com cepticismo.

“Não acho que ninguém possa argumentar seriamente que o Irão tem tido um impacto positivo sobre o desenrolar dos factos na Síria”, disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

Rússia e China são contra qualquer tentativa externa de alterar o equilíbrio das forças na Síria e forçar a saída de Assad.

Na busca por mais influência no diálogo internacional, Moscovo propôs, Terça-feira (10), sediar reuniões regulares dum “grupo de acção” que poderia incluir a oposição síria.

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