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Ex-ministro senegalês da Educação defende “nova escola” em África

O ex-secretário executivo da Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA) e antigo ministro senegal?s da Educação Básica e Línguas Nacionais, Mamadou Ndoye, apelou no passado sábado (4), em Túnis, para o repensar integral da escola africana a fim de fazer dela uma instituição orientada para a resposta aos desafios socioeconómicos do continente. “A escola Africana tal como ela existe hoje é uma estrutura virada para a oferta. Ela já não se adapta às realidades do continente. Nós devemos então mudar o paradigma”, declarou o ex-responsável da ADEA numa entrevista concedida à PANA.

Sobre as grandes caraterísticas da nova escola africana, Ndoye insistiu na necessidade de se passar dos conhecimentos gerais para os conhecimentos operacionais. “Os programas de ensino nas escolas hoje não preparam o aluno para resolver os problemas com quais ele estará confrontado na vida quotidiana. É preciso então repensá-los, criando uma verdadeira interação entre a escola e o ambiente”, declarou Ndoye que foi ministro senegalês da Educação Básica e Línguas Nacionais de 1993 a 1998.

Para ele, a escola deve acolher atores externos e, inversamente, ir ao encontro de outras estruturas para beneficiar da sua perícia, sublinhando as vantagens dum diálogo e duma parceria permanente entre a escola e os outros atores do seu ambiente. “A nova escola africana deve ser uma estutura na qual a comunidade e as famílias ocuparão uma posição estratégica. Apreende-se na escola, mas aprende-se também na família e na comunidade. É preciso então uma coerência entre estes diferentes níveis de aprendizagem”, acrescentou.

Segundo ele, a cultura local e as línguas africanas deverão ser pilares essenciais da nova escola africana. A fim de contribuir para a reflexão sobre esta nova escola africana, a ADEA escolheu como tema da sua Trienal de 2011 “Promover os Conhecimentos, Competências e Qualificações Críticas para o Desenvolvimento Sustentável de África : Como Edificar/Conceber uma Resposta dos Sistemas de Educação e de Formação”. Lançada sexta-feira em Túnis, a Trienal da ADEA permitirá durante todo o ano de 2011, aos diferentes atores da educação em África, discutir sobre os maiores desafios da escola africana.

As discussões setoriais com os parceiros de desenvolvimento, os atores da sociedade civil e os decisores políticos serão examinadas durante uma grande reunião prevista para o fim do ano de 2011, em Ouagadougou, a capital do Burkina Faso.

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