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Estratégias do sector açucareiro estão a surtir efeitos positivos afirma Aires Ali

O Primeiro-Ministro moçambicano, Aires Ali, disse que as estratégias adoptadas pelo Governo visando a atracção de investimentos no sector do açúcar permitiram uma crescente presença deste produto no mercado internacional. Com efeito, segundo Ali, Moçambique colocou, em 2010, 281 mil toneladas de açúcar, contra 39 mil toneladas, em 1998.

Falando, Sábado, em Maputo, na abertura da 12ª Conferência Ministerial do Açúcar dos países da África Caraíbas e Pacifico (ACP), evento a decorrer até a próxima Terça-feira e que junta os ministros da agricultura e comércio desta organização, Ali sublinhou que Moçambique se sente honrado por acolher este evento que decorre sob o lema “Espaço e Perspectivas do Açúcar dos Países da ACP no Mercado da União Europeia (UE) à luz da tendência das Mudanças do mercado global”.

De acordo com o Primeiro-Ministro, esta reunião vai concertar posições e buscar consensos sobre assuntos de interesse mútuo, no contexto da relação com a UE dai que se esta convicto que a mesma irá assegurar que o desenvolvimento do sector do Açúcar contribua de forma significativa no comércio mundial.

“É neste contexto que temos vindo a envidar esforços no apoio ao surgimento e consolidação de pequenas e médias empresas do sector, bem como a assistência técnica aos produtores familiares sob várias formas, desde o fornecimento de insumos agrícolas, incentivo a iniciativas de grandes empresas em apoiar os pequenos produtores, e a realização de feiras de produtos agrícolas”, declarou Aires Ali.

Esta Conferência realiza-se num momento particular para o sector açucareiro em Moçambique, caracterizado por um crescimento significativo do volume de investimentos e de uma enorme carteira de projectos ainda a serem implementados.

Em 2006, a UE adoptou um novo Regime Açucareiro no seu mercado que incluiu uma redução do preço do açúcar no mercado da UE, tendo resultado na diminuição considerável do valor das exportações dos países ACP para aquele mercado.

Com vista a atenuar esta situação, segundo o PM, a UE financiou um pacote de “medidas de acompanhamento da reforma”, como forma de permitir que os países membros do grupo ACP criem condições e capacidade internas de competitividade.

Face a nova conjuntura internacional do mercado do açúcar, segundo Aires Ali, urge debater aspectos relativos a diversificação na indústria açucareira, para alem da necessidade de se adoptar tecnologias modernas visando o aumento da produção e produtividade do açúcar e seus derivados, caso do etanol e o bio-combustível, e encontrar-se outras oportunidades de mercado.

Efectivamente, ao longo dos próximos dois dias, a família do Grupo ACP irá debater as suas estratégias para o sector açucareiro, considerado vital para as respectivas economias.

Aires Ali disse, na ocasião, acreditar que o encontro de Maputo vai ajudar a se encontrar plataformas comuns em relação a desafios que tem a ver com o regime açucareiro da UE depois do ano de 2015; com os programas de pesquisa e inovações do sector do açúcar nos países ACP; com as negociações comerciais na Organização Mundial do Comércio à luz da ronda de Doha; e com as Perspectivas da indústria de açúcar dos países da ACP.

No final desta reunião, os participantes deverão deslocar-se à fábrica de Açúcar de Xinavane, uma das maiores unidades de agro-processamento localizada na Província de Maputo, Sul de Moçambique.

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