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Estado Islâmico assume autoria de ataque a santuário xiita em Bangladesh

O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por um ataque na quinta-feira a uma mesquita xiita em Bangladesh no qual uma pessoa morreu e três ficaram feridas enquanto rezavam, na segunda acção armada contra a pequena comunidade muçulmana xiita do país em um mês.

Testemunhas disseram que três jovens invadiram a mesquita no distrito de Bogra, noroeste do país, e dispararam contra os fiéis de forma indiscriminada. “Os agressores entraram na mesquita e abriram fogo contra os devotos depois de trancar o portão principal e fugiram imediatamente após o tiroteio”, disse o policial Ahsan Habib.

Duas pessoas de aldeias vizinhas foram presas para interrogatório, de acordo com outro policial, Arifur Rahman. O serviço de monitoramento Site disse que o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque, tal como aconteceu com uma ação anterior no maior santuário xiita do país.

Bangladesh, nação de maioria muçulmana, tem visto um aumento na violência islamista nos últimos meses. Dois estrangeiros, quatro escritores seculares e um editor foram mortos este ano. As tensões têm aumentado desde que o primeiro-ministro Sheikh Hasina lançou uma ofensiva contra os militantes, levando vários líderes a julgamento por crimes de guerra cometidos durante a guerra da independência, em 1971.

Pelo menos 12 sacerdotes cristãos no norte do país receberam ameaças de morte, uma semana depois de um médico italiano que trabalha como missionário ter sido baleado, ficando ferido, disse a polícia na quinta-feira.

“Já reforçamos a segurança em torno das igrejas”, disse o chefe de polícia local, Abdullah Al Faruk. O governo de Bangladesh rejeitou as alegações do Estado Islâmico de envolvimento nos ataques e disse que a ação partiu de militantes locais.

Críticos afirmam que o governo está criando um clima de medo para perseguir rivais políticos. Mais cedo na quinta-feira, a polícia informou ter matado um militante suspeito de ter sido o mentor do ataque de 24 de Outubro no santuário xiita de Daca. As autoridades disseram que ele era o chefe militar de um grupo militante clandestino.

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