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Escola de artes e ofícios oficialmente inaugurada na Zambézia

A cidade de Quelimane, capital provincial da Zambézia, conta com mais uma escola técnico-profissional construída de raiz com financiamento do Alto Comissariado Britânico em Moçambique, no valor de 140 mil dólares norte-americanos. Trata-se da Escola Comunitária de Artes e Ofícios, que vinha operando desde 2008 mas cuja inauguração foi formalizada recentemente, num evento que contou com a presença do vice-Alto Comissário da Grãbretanha em Moçambique, Timothy Cole.

Para além de salas para aulas, aquele estabelecimento de ensino comporta uma sala de reuniões, escritórios, latrinas, oficinas e respectivo equipamento, para beneficiar 400 alunos, alguns dos quais filhos dos membros da Cooperativa de Cerâmica local. A mesma leciona três cursos, designadamente Informática, Mecânica Geral e Carpintaria.

O representante do Alto Comissariado britânico louvou, na ocasião, a comparticipação do Município de Quelimane ao facilitar a instalação de energia eléctrica para o funcionamento das máquinas e para as aulas no período nocturno. Segundo o responsável pelo projecto da escola, o Padre António Triggiate, o estabelecimento representa um contributo ao alargamento da rede escolar e das possibilidades de profissionalização dos jovens da Zambézia, em particular os que se encontram em situação vulnerável e que não estão enquadrados nas escolas públicas.

O financiamento à construção e equipamento da escola foi concluído em 2007 depois de, em 2002, o Alto Comissariado ter financiado a construção da Escola Primária Mártires de Inhassunge, também uma iniciativa do Padre Triggiate, para acomodar os filhos dos deslocados e antigos refugiados de guerra regressados do Malawi. Vitoriana Rebucane, directora da Escola ora inaugurada, confirmou que para o presente ano estão matriculados 400 alunos em três níveis de ensino, o que representa um crescimento dado que aquele estabelecimento tinha inscritos, em 2008, somente 181 alunos em dois níveis, o primeiro e segundo anos. Seis alunos do total dos matriculados são portadores de deficiência auditiva, segundo a directora da escola.

A fonte avançou ainda que apôs a graduação naquela escola os alunos podem optar entre continuar a sua formação em outros níveis de ensino, médio e superior, procurar enquadramento profissional ou mesmo enveredar pelo auto-emprego, sendo esta última opção um dos objectivos principais da escola comunitária. Planos futuros da escola incluem a aquisição de mais financiamentos para a compra de material informático e construção de um campo para a prática desportiva.

O Reino Unido é um dos maiores doadores de Moçambique, tendo disponibilizado em 2008 mais de 60 milhões de libras esterlinas. Maior parte deste montante foi de apoio directo ao Orçamento do Estado, enquanto que a parte restante é empregue em projectos diversos na área social, da investigação e do deporto.

A inauguração da Escola de Artes e Ofícios em Quelimane complementa os objectivos do Governo moçambicano de expandir o ensino técnico-profissional como forma de promover a profissionalização dos jovens e capacitálos a criarem o seu próprio emprego e, assim, contribuírem no combate á pobreza.

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