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Enxurradas ceifaram a vida de um jovem em Maputo

Enxurradas ceifaram a vida de um jovem em Maputo

Um jovem perdeu a vida na sequência das fortes chuvas ocorridas na quarta-feira, afectando sobretudo as cidades de Maputo e Matola e seus arredores. Testemunhas no local disseram que o jovem, cuja identidade não foi revelada, perdeu a vida na manha de quarta-feira quando caiu na vala de drenagem localizada ao longo da Avenida Joaquim Chissano, vulgo “drenagem ou via rápida”, tendo sido arrastado pela fúria das aguas.

Entretanto, o Conselho Municipal da Cidade de Maputo continua a fazer o levantamento do número de famílias afectadas pelas enxurradas da última quarta-feira. Mário Macarringue, vereador para o pelouro de Infra-estruturas no Município de Maputo, considera que se pode falar de milhares de pessoas afectadas pelas enxurradas, porque grande parte dos bairros suburbanos da cidade de Maputo ficaram completamente inundadas. A cidade de Maputo conta com uma população de 1.094.315, sendo que a maior parte vive na periferia. “É difícil quantificar o número exacto de pessoas afectadas pelas inundações, são centenas e podemos falar de milhares.

Estamos neste momento a fazer o levantamento no terreno e prevemos que até amanha (sexta-feira) saberemos quantos afectados temos nas sequências das chuvas de ontem (quarta-feira)”, referiu. Segundo Macaringue, cerca de 30 famílias, das 80 previstas, foram alojadas em escolas, círculos de bairros ou outros locais porque as suas casas ficaram completamente submersas. “Tivemos um total de 18 famílias alojadas no circulo de Inhagoya, nove de Maxaquene “A” que ficaram no Instituto Industrial, das 20 famílias previstas para serem transferidas para locais seguros na Catembe apenas alojamos uma, temos também uma família na Mafalala que perdeu tudo”, disse.

Macaringure, que falava a AIM esta quinta-feira, em Maputo, voltou a lamentar que a maior parte das pessoas se recusa a abandonar as suas casas, apesar das mesmas estarem completamente inundadas, alegadamente por já não estar a chover. Neste momento, a edilidade está a envidar esforços no sentido de apoiar com alimentos e outros bens as populações afectadas, sobretudo aquelas que tiveram que ser alojadas noutros locais.

De referir que o trabalho de bombagem das águas das chuvas estagnadas nos bairros já iniciou. As descargas pluviométricas iniciaram por volta das três horas da madrugada da última terça-feira e só viriam a abrandar por volta das nove horas da quarta-feira. A estação meteorológica de Mavalane registou 115 milímetros e as outras existentes na capital 85 milímetros. As chuvas torrenciais, além de inundar por completo os bairros da urbe, também cortaram parte do asfalto de algumas rodovias.

Outros danos incluem o desabamento de latrinas, falta de transporte público, interrupção das aulas em várias escolas, sobretudo naquelas que se situam em zonas propensas as inundações. Muitas instituições e lojas funcionaram a meio gás ou simplesmente não funcionaram.

Um exemplo concreto que pode ser citado é a Avenida 25 de Setembro, na baixa da cidade, que ficou completamente inundada, e uma grande parte dos estabelecimentos comerciais ficou impossibilitada de exercer as suas actividades, porque os respectivos trabalhadores não tiveram como chegar a cidade e também porque o interior ficou alagado.

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