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Eni fecha acordo com BP para venda de gás natural de Moçambique

A multinacional italiana Eni fechou um acordo para vender Gás Natural Liquefeito(GNL), que será produzido na Área 4 da bacia do Rovuma, no Norte de Moçambique, à multinacional British Petroleum (BP) durante 20 anos.

O acordo alcançado nesta terça-feira(04) foi firmado pela subsidiária da multinacional italiana, a Eni East Africa S.p.A. (e os seus parceiros do Bloco da Área 4) com a BP Poseidon Ltd., uma empresa totalmente controlada pela BP Plc, indica um comunicado de imprensa.

“O contrato que é válido por 20 anos, cobre a venda de todos os volumes de GNL que serão produzidos a partir da fábrica flutuante de GNL de Coral Sul que terá uma capacidade de produção acima de 3.3 milhões de toneladas de GNL por ano. O acordo foi já aprovado pelo Governo de Moçambique e está condicionado a Decisão Final de Investimento(FID) do projecto que se espera que aconteça ainda dentro de 2016”, refere ainda o comunicado que estamos a citar.

A decisão final de investimento está atrasada pelo menos um ano e este acordo pode ser a garantia que faltava à petrolífera italiana para conseguir os financiamentos bancários, estimados em vários biliões de dólares norte-americanos, que são necessários para a implantação de uma plataforma flutuante de exploração do Gás Natural Liquefeito existente no campo Coral Sul, na província de Cabo Delgado.

Moçambique possui uma das maiores reservas de gás natural do mundo, estimadas em 85 triliões de pés cúbicos, todavia a sua exploração tem estado a ser afectada pela crise financeira e económica derivada das dívidas secretas, e ilegais, das empresas MAM, Proindicus e EMATUM que agravaram os riscos de investir no nosso País.

A multinacional italiana tem uma participação de 50% na Área 4, através da sua subsidiária ENI East-África Oriental, que detém 70 % da concessão. A companhia chinesa CNPC tem 20% e a Kogas da Coreia, a Galp Energia de Portugal, e Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique (ENH) repartem em iguais participações os restantes 30%.

Entretanto a Eni está em conversações avançadas para vender metade da sua participação a maior companhia petrolífera do mundo, a Exxon.

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