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ENH e Sasol recusam divulgar quantidade de gás bombeada para África do Sul

A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) e a companhia sul-africana Sasol estão a declinar revelar a quantidade de gás natural produzida e bom beada directamente das regiões de Pande e Temane, na província meridional de Inhambane, para a petrolífera de Secunda, na África do Sul, ainda em bruto para ser transformada.

“A quantidade exacta da nossa produção aqui em Inhambane não podemos fornecer, mas consta dos relatórios anuais sobre as actividades produtivas da empresa e podem obtê-la lá”, disse Nolitha Fakude, directora executiva da Sasol, respondendo ao Correio da manhã sobre o assunto.

Resposta com teor idêntico foi também obtida pelo Cm junto do engenheiro moçambicano Nelson Ocuane, Presidente do Conselho de Administração (PCA) da ENH, que nos remeteu aos relatórios anuais destas duas empresas para a informação desejada.

A preocupação do jornal levou a ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, a sugerir às direcções da ENH e do Instituto Nacional de Petróleos (INP) para organizarem um encontro explicativo sobre o processo de pesquisa, produção e distribuição de gás natural e petróleo em Moçambique para o domínio público, encontro que ainda não se concretizou para o bem da transparência requerida e desejada para o sector dos Recursos Minerais.

Entretanto, Bias indicou apenas que da quantidade total produzida em Inhambane pela Sasol ficam para a empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM) cerca de 140 mil gigajous entregues ao Ministério da Energia para canalizar à EDM.

Esta, por seu turno, vende uma parcela à Maputo Gás Company (MGC), empresa moçambicana que se dedica ao transporte, distribuição e comercialização de gás natural para uso como fonte de energia para o funcionamento de diversas unidades industriais na província de Maputo e utiliza a outra nas suas centrais eléctricas.

O transporte de gás para África do Sul é feito pela empresa ROMPCO (Republic of Mozambique Pipeline Investment Company), detentora do gasoduto de 860 quilómetros que faz o transporte de gás de Pande e Temane para Secunda, na África do Sul.

A ROMPCO é detida em 50% pela Sasol Gas, em 25% pela firma CMG e em 25% pela iGas, que é uma subsidiária do Governo da África do Sul. Frisa-se, entretanto, que a Sasol tem desde 2004 a licença para exploração e transporte de gás nas jazidas on-shore existentes em Pande e Temane, num investimento de 1,2 mil milhões de dólares.

A maioria das acções da ROMPCO é detida pela petroquímica sul-africana Sasol, tendo o Estado moçambicano, através da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), ficado com 14% dos 25% disponíveis para accionistas moçambicanos.

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