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Energias alternativas ainda caras em Moçambique

As energias alternativas estão a penetrar, cada vez mais rápido, no mercado moçambicano, mas os seus custos ainda são muito elevados.

Na presente edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), que decorre, desde Segunda-feira passada, em Ricatla, distrito de Marracuene, província de Maputo, Sul do pais, encontram-se expostos diversos bens e sistemas que funcionam a energia solar, mas os seus preços são elevados para a maioria das pessoas carenciadas que constituem o principal alvo desses produtos.

Em entrevista a AIM, Paulo Massinga, administrador executivo da Epsilon Tecnologia, uma empresa moçambicana de fornecimento de bens movidos a energia solar, disse que a iluminação de uma casa tipo dois pode custar cerca de 90 mil meticais (o equivalente a 3,3 mil dólares americanos), contra menos de cinco mil meticais que se investe com a energia eléctrica.

“As fontes alternativas custam muito, muito mais caras, mas só existe o custo de investimento inicial, e não existem os custos recorrentes relacionados com o pagamento mensal das taxas de energia eléctrica”, explicou a fonte.

Por outro lado, a iluminação de uma escola, dependendo do tamanho, custa entre 10 e 15 mil dólares americanos, mas a energia eléctrica custa muito abaixo disso.

Contudo, a iluminação de uma casa apenas com lanternas custa mais barato, uma vez que a pessoa não vai precisar de instalação apropriada para poder alimentar geleiras, congeladores, entre outros electrodomésticos.

No seu stand na FACIM, a empresa Epsilon Tecnologia tem uma exposição de lanternas solares que além de iluminar também têm saídas para carregar aparelhos celulares.

Igualmente, esta empresa fornece geleiras e congeladores a painéis solares; fogões que consomem 30 por cento menos de carvão, entre outros bens.

Ainda na FACIM, a empresa “Tian Run Solar Energy” apresenta sistemas de aquecedores (de água para banho) alimentados por energia solar.

Os preços desses sistemas varia de 28 mil meticais e 46 mil meticais, dependendo da sua capacidade. Entretanto, além do constrangimento relacionado aos custos, os fornecedores de sistemas de energia solar defendem que a sociedade ainda não têm a consciência da importância desses serviços, talvez por ainda ser uma tecnologia nova no mercado.

“As pessoas vêm painéis solares nos postos de saúde e escolas, mas ainda há uma pequena dificuldade em perceber que estes podem ser reduzidos para um sistema individual e funcionar na sua própria casa”, explicou Paulo Massinga.

Para ultrapassar estes constrangimentos, a Épsilon Tecnologias diz estar a postar na sensibilização das comunidades sobre os benefícios dos seus produtos, principalmente nas zonas recônditas onde não chega a luz eléctrica.

Igualmente, esta empresa diz estar a estabelecer parcerias com instituições de micro finanças para facilitar o acesso das pessoas ao crédito que possam precisar para adquirir painéis solares ou bens que funcionam a luz solar.

Durante os seus dois anos de existência, esta empresa já vendeu 2.500 lanternas e 10 congeladores em diversos pontos do país. A taxa de electrificação em Moçambique ainda se situa abaixo de 20 por cento e a exploração de outras fontes de energias limpas ainda é fraca.

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