Mais de 34 trabalhadores da empreitada Omar Satar, afectos às obras de reabilitação do troço Nampula-Rapale/Mecuburi, estão, há três meses, sem salários porque o proprietário da empresa abandonou-lhes.
Desde o mês de Outubro que eles trabalharam sozinhos enquanto o “patrão” encontrava-se na cidade de Maputo, tendo deixado a gestão das referidas obras a cargo da sua mãe.
Volvido algum tempo, as autoridades governamentais, através da Direcção Provincial das Obras Públicas e Habitação, rescindiram o contracto com o empreiteiro devido à má qualidade do trabalho e falta de condições laborais, tais como equipamento de segurança para os trabalhadores.
Na sequência, os mais de 34 trabalhadores ficaram a exigir o pagamento dos seus ordenados referentes ao período em alusão. Foram prometidos que 31 de Dezembro passado seria a data para resolver o problema mas até este momento nem água vem, nem água vai.
Tentaram, sem sucesso, apresentar a questão ao sector das Obras Públicas ao nível do distrito de Mecuburi. Foram encaminhados à Direcção Provincial das Obras Públicas e Habitação, onde a resposta obtidida é de que deviam cobrar os valores na mãe do proprietário da empreitada.
“Quando fomos, no primeiro dia, falar com a mãe do patrão ela chamou alguns agentes da Polícia para nos intimidar e expulsar dentro do seu quintal. Alegou que pretendíamos agredi-la fisicamente”, revelou Castro Almeida Beira, representante do grupo dos trabalhadores que falou à nossa reportagem.
A fonte disse que caso o problema não seja resolvido até esta sexta-feira (11), o estaleiro da empresa deverá encerrar e, por conseguinte, todas as actividades ficarão paralisadas.