O Centro Privado de Informação de Crédito e Registo de Mutuários deverá ser criado no país, em 2014, depois da sua aprovação pela Assembleia da República (AR), segundo o governador do Banco de Moçambique (BM), Ernesto Gove.
Ele garantiu ao Correio da manhã que presentemente estão a ser concluídos trabalhos de elaboração da proposta de lei para o Parlamento para que até finais de Dezembro de 2013 o documento seja submetido à aprovação ao longo do próximo ano.
Refira-se, entretanto, que a criação da instituição é uma exigência do grupo dos maiores financiadores externos do Orçamento do Estado (OE) e de programas de desenvol- vimento socioeconómico de Moçambique, conhecidos pela designação de G-19.
A instituição surge numa altura em que se regista no país um forte crescimento do crédito ao sector privado, expansão do sistema bancário e potencial exposição do mesmo a riscos transfronteiriços, situações que obrigam ao reforço da supervisão contínua do sector financeiro, para além da capacidade de identificar e resolver potenciais fontes de vulnerabilidades.
Ela surge também numa altura em que há necessidade de introduzir melhorias na intermediação financeira, tendo as autoridades moçambicanas formulado uma Estratégia de Desenvolvimento do Sector Financeiro para 2013-22, que inclui um plano de acção e sequenciado, abrangendo acções para melhorar a inclusão financeira, concorrência, protecção ao consumidor e cultura financeira.
