Alguns criadores de suínos e gados bovino e caprino do Baixo Limpopo, na província meridional de Gaza, mostram-se apreensivos, alegadamente por cada vez mais estarem a ficar com áreas reduzidas para a pastagem ora em redimensionamento para produção de arroz, milho e hortícolas.
Para além do gado, as áreas também se destinavam à produção agrícola de subsistência pelos mesmos camponeses, segundo Armando Ussivane, Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Regadio do Baixo Limpopo, indicando que a zona tem agora cerca de 30 mil cabeças, contra as anteriores 24 mil.
A redução da área de pastagem deriva igualmente de estarem em curso na região obras de construção de diversas infra-estruturas para acolher casas agrárias com equipamento de agroprocessamento para o acondicionamento e venda de produtos agrícolas e hortícolas ali produzidos, numa área de 18 mil hectares até 2017, contra os actuais pouco mais de dois mil hectares, segundo ainda Ussivane.
“Por causa deste redimensionamento da área, os camponeses andam já muito descontentes com o projecto”, reconheceu Armando Ussivane, indicando em seguida que a mesma área está também a ser ocupada por investidores chineses donos do projecto de produção de arroz, hortícolas e milho para o mercado interno e exportação, num montante não revelado.
O investimento em aplicação para camponeses e pequenas empresas locais é de cerca de 18 milhões de dólares do financiamento dos governos moçambicano e holandês, num acordo a ser celebrado “dentro em breve”, segundo o PCA do Regadio do Baixo Limpopo, em Gaza.
