Depois de um dia de “folga”, a Renamo ao nível da cidade de Pemba, a capital provincial de Cabo Delgado, retoma terça-feira a sua campanha eleitoral rumo as eleições presidenciais, legislativas e para as assembleias provinciais, marcadas para 28 de Outubro próximo. O maior partido da oposição em Moçambique não esteve, segunda-feira, envolvida em alguma actividade de campo, alegadamente para dar mais tempo de descanso aos “irmãos” muçulmanos que, domingo, celebraram o fim do Ramadão.
“Hoje não saímos a rua, porque era necessário dar tempo de descanso aos irmãos muçulmanos que ontem (Domingo) celebraram o IDE- El-Futre”, disse um membro desta força política que se identificou com o simples nome de Abacar. Contudo, a direcção deste partido nesta parcela do país aproveitou a tolerância de ponto decretada pelo Governo moçambicano, por ocasião do fim de Ramadão, para fazer uma reflexão em torno da primeira semana da campanha, que teve início a 13 de Setembro corrente.
A Renamo nesta urbe tem estado a potenciar contactos porta-a-porta e interpessoal em diferentes bairros, uma estratégia encontrada para minimizar a falta de material propagandístico com que o Partido se depara desde que começou a campanha. Aliás, este problema afecta também algumas outras forças políticas, como, no caso concreto, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o Partido para Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), entre outros.
A falta de material propagandístico é notável em alguns distritos da província, onde dificilmente se pode ver alguma bandeira ou panfleto de outros partidos, senão os da Frelimo. Este cenário regista-se, por exemplo, nos distritos de Ancuabe, Chiure e Montepuez, onde a AIM teve a oportunidade de visitar.
Em alguns poucos casos, fora da Frelimo, apenas se pode ver bandeiras do MDM, um partido criado a menos de um ano, e cujo presidente ‘e o actual edil da Beira, Daviz Simango. Simango é um dos três candidatos a Presidência da República.
Os outros candidatos são, pela Frelimo, Armando Guebuza, que concorre para a sua própria sucessão, e, pela Renamo, Afonso Dhlakama, que concorre pela quarta vez a “Ponta Vermelha”.