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Eleições 2009: Frelimo inscrita na CNE

A Frelimo, Partido no poder em Moçambique, inscreveu-se hoje, na Comissão Nacional de Eleições (CNE), para concorrer nas eleições legislativas e para as Assembleia Provinciais de Outubro próximo.

A Frelimo é a 14ª forca política inscrita, depois dos Partidos Trabalhista (PT), Os Verdes de Moçambique (PVM), Ecologista (PEVE), Unido de Moçambique em Liberdade Democrática (PUN), Independente de Moçambique (PIMO), Reconciliação Democrática (PAREDE), Social Liberal (SOL), Renamo, Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Movimento Patriótico para Democracia, Coligações Unidos por Moçambique e União Nacional de Oposição e a Organização dos Candidatos Independentes de Nacala-Porto (OCINA).

A inscrição da Frelimo na CNE inicialmente estava marcada para a última Segunda-feira, tendo sido adiada por razões não reveladas. Verónica Macamo, mandatária da Frelimo, disse a imprensa, momentos após a inscrição, que aguarda deliberação da CNE para formalizar as candidaturas do Partido. “Nós estamos preparados para apresentar as nossas candidaturas. Neste momento estamos a espera da deliberação da CNE. Se a deliberação for hoje, poderemos apresentar ainda hoje e se for amanha faremos, estamos preparados”, disse.

Macamo, que na legislatura terminada Terça-feira era vice-presidente da Assembleia da Republica (AR), o Parlamento moçambicano, referiu que a Frelimo se inscreveu há sete dias do fim do período estabelecido pela CNE para as inscrições e submissão de candidaturas por uma questão de coerência e honestidade intelectual. “Nós nos inscrevemos hoje por uma questão de coerência e de honestidade intelectual. Não podíamos submeter as candidaturas sem antes saber quem são os candidatos e achamos por bem primeiro terminar a selecção das candidaturas, organizar a documentação e só depois de ter o figurino fazer a inscrição e hoje estamos aqui”, explicou.

Verónica Macamo reafirmou que a Frelimo vai participar nos próximos pleitos eleitorais com o objectivo de ganhar. “Nas presidenciais, queremos que Armando Guebuza continue na presidência, mas que seja reeleito com muitos mais votos que os que teve em 2004. Na Assembleia da República, queremos ter a maioria absoluta, não queremos ter todos os assentos. Nós temos todas as condições para isso por causa da grande aceitação do nosso Partido junto da população”, defendeu. Durante o processo de preparação do expediente dos candidatos, a Frelimo diz que não enfrentou grandes dificuldades, contrariamente a outros partidos da oposição que têm dificuldades de obter os atestados de residência exigidos pela lei no acto de apresentação de candidatura para as Assembleias Provinciais.

De acordo com Macamo, as dificuldades enfrentadas prendem-se com as distancias que os seus candidatos tinham que percorrer para obter os documentos necessários, como os atestados de residência e registo criminal, entre outros.

“Não tivemos nenhum problema. Há constrangimentos com os documentos porque os candidatos não vivem onde se tratam estes documentos e muitas vezes tinham que se deslocar às sedes distritais ou provinciais para ter os documentos. São limitações de ordem estrutural e que podem ser solucionados, sobretudo quando se trata de um partido preparado e bem organizado”, afirmou.

No que refere aos candidatos para as Assembleias Provinciais, Verónica Macamo disse que a maior parte provém dos seleccionados em 2007, excepto alguns casos de pessoas que foram eleitas para as Assembleias Municipais ou para a Presidência de municípios. O processo de inscrição e submissão de candidaturas à CNE iniciou a 15 de Junho, devendo terminar no próximo dia 29.

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