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Ele não está condenado

Dois estudos afi rmam que o urso-polar vai sobreviver ao aquecimento e que poderá refugiar-se numa espécie de oásis gelado no Árctico.

Duas vozes dissonantes e esperançosas ganharam destaque na comunidade científi ca na semana passada. Segundo elas, o animal-símbolo do avanço do aquecimento global pode ser salvo da extinção até o final deste século. As previsões contrariam pesquisas anteriores, que decretavam o desaparecimento do maior de todos os ursos até 2050.

De acordo com um dos novos estudos, a espécie teria hipóteses concretas de sobreviver mesmo se não fizermos nada para diminuir as emissões de C02 na atmosfera e a temperatura média subir 2 graus Celsius até o final do século XXI.

Segundo pesquisadores da Universidade Colúmbia (EUA), a movimentação e a renovação dos blocos de gelo que compõem o Círculo Polar Árctico, habitat natural dos ursos-polares (leia quadro), seriam capazes de sustentar o território dominado por eles durante várias décadas.

As massas são produzidas todos os anos ao longo do Inverno numa região da Sibéria (Rússia) apropriadamente apelidada “fábrica de gelo”.

De lá, os blocos são impulsionados pelo vento e por correntes marítimas até um cinturão que vai do nordeste do Canadá ao norte da Groenlândia. E é exactamente essa região que poderia virar um oásis gelado e servir de abrigo aos últimos carnívoros gigantes – hoje, estima-se que eles não passem de 25 mil indivíduos.

Outro trabalho, destaque da publicação científi ca “Nature” na última semana, afi rma que as projecções de degelo total da calota do Árctico podem estar equivocadas – mas a reviravolta depende da redução progressiva na emissão de gases-estufa.

“Podemos salvar os ursos-polares, não se trata de um problema irreversível”, afirmou Steven Amstrup, autor do estudo e cientista do Centro de Pesquisas Geológicas dos EUA no Alasca há 30 anos.

Infelizmente, é difícil acreditar numa mudança de cenário de tal magnitude depois do fiasco político na última reunião da ONU sobre mudanças climáticas, realizada em Cancún, no México.

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