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Egito prepara-se para protestos enquanto Mursi não recua

O Egito enfrenta confrontos nas ruas depois de o presidente do país, Mohamed Mursi, não ter conseguido satisfazer as demandas dos opositores que querem tirá-lo do cargo, em discurso à nação na noite da Quinta-feira.

Dias de conflitos entre seus partidários islâmicos e os rivais já deixaram vários mortos e dezenas de feridos, e os lados agora planeiam manifestações em massa, aumentando o risco de choques maiores que, segundo o Exército, poderão levá-lo a assumir o comando novamente.

Sexta-feira, a Irmandade Muçulmana, de Mursi, e seus aliados vão reunir-se no Cairo, assim como alguns grupos de oposição. Domingo, a oposição espera que milhões atendam a seu chamado, quando completar um ano da posse de Mursi como o primeiro líder eleito livremente no Egito.

“Estou mais determinado do que nunca a sair à rua a 30 de Junho para exigir a remoção de um presidente absolutamente irresponsável”, disse o porta-voz de uma coligação de partidos liberais, Khaled Dawoud, depois do longo discurso de Mursi na véspera.

É difícil calcular quantas pessoas poderão aderir aos movimentos, mas grande parte da população, mesmo aquelas pessoas simpáticas às ideias islâmicas, está profundamente frustrada com a crise económica e muitos culpam o governo.

O Exército, que ajudou os manifestantes a derrubar Hosni Mubarak em 2011 e está em alerta em todo o país protegendo locais importantes, diz que vai agir se os políticos não chegarem a um consenso.

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